Ao Site Roberta Tum nesta terça-feira, 23, o juiz Marco Antonio Silva Castro, da Comarca de Miracema, informou que as investigações da Operação Inconfidente permanecem paradas em decorrência de um ofício que foi enviado a delegacia pelo promotor de justiça Felício Soares solicitando que nenhuma diligência fosse realizada até que fosse julgado um pedido de suspeição contra o juiz.
“Essa informação foi confirmada pelo próprio delegado Carrasco. O promotor ordenou que nada fosse feito até que esse pedido de suspeição, que pedia que eu não ficasse na investigação, fosse julgado. Só que esse julgamento não impede que as investigações continuem ocorrendo. Eu nunca vi isso em lugar nenhum, é um fato inusitado e as investigações não podem ficar paradas a espera dessa decisão”, destacou o juiz.
Pedido de suspeição já foi julgado
Conforme consta no Diário de Justiça do dia 9 de agosto a Exceção de Suspeição Nº 1707/11, que teve como relator o Juiz Eurípedes Lamounier, jê foi julgada e como resultado ocorreu o arquivamento do processo por haver perda do objeto. “A suspeição já foi julgada foi arquivada, isso porque não tinha objeto se eu não era mais juiz do processo então fica claro que não tinha mais objeto por isso o TJ arquivou, assim nada impede que o processo volte para as minhas mãos. O pedido de suspeição foi feito pelo Dr. Felício”, contou o juiz.
Diligências
Segundo Castro, o que cabe ao Tribunal de Justiça, agora, é decidir e entender se o processo deve ficar com o órgão, com os desembargadores, ou deve ir para Miracema. “O que aconteceu foi o seguinte, primeiro o processo estava nas mãos do Dr. Marcelo Ataíde, mas ele se declarou impedido por ser marido da promotora que tem o nome envolvido no caso, depois passou para as mãos do Dr. André Gigo que também se declarou impedido por foro íntimo. Eu também estive com o caso só que teve esse pedido de suspeição”, contou Castro.
Segundo o juiz, o Fórum de Miracema não recebeu pedido de nenhuma diligência. “E quanto as investigações nenhuma diligência tem sido feita porque não teve pedido protocolado aqui no Fórum e até onde eu sei nada foi protocolado no Tribunal e isso só poderia acontecer nesses dois lugares”, destacou Castro.
Inquérito continua na Delegacia
De acordo com o juiz, o inquérito continua com a polícia. “Até agora o inquérito policial continua na delegacia, o que tava no Tribunal era um pedido de um dos indiciados que queria a cópia do inquérito e o pedido de suspeição. O que sei é que o inquérito não veio para cá, se tivesse vindo, e nós (juízes) só somos três, ele deveria vir para a minha mão”, destacou o delegado.
Também segundo Castro, se o inquérito tivesse sido concluído deveria estar com um promotor. “ Se o inquérito tivesse sido concluído tinha que ter ido para as mãos de um promotor para ele dá seu parecer e se manifestar.E se tivesse vindo para cá, dependendo de como estivesse, a gente poderia ter pedido mais diligências, poderia ter autorizado quebra de sigilo, o que fosse necessário fazer”, informou o juiz.
Indicação de juiz
Ao Site RT a assessoria da secretaria de Segurança Pública havia informado que as investigações da Operação estavam paradas a espera da indicação de um juiz para dar continuidade ao processo. A informação também foi confirmada pelo delegado titular da Deic, Alberto Cavalcante.
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