Oposições tentam construir acordo e Siqueira quer Alex candidato a federal

Enquanto as oposições tentam afinar discurso e projetos em uma chapa só, construindo um grande acordo, os governistas vivem problemas internos na chapa de federal: Alex Siqueira pode disputar

PMDB fortalecido tenta unir oposições numa chapa
Descrição: PMDB fortalecido tenta unir oposições numa chapa Crédito: Lourenço Bonifácio

As próximas 24 horas são decisivas para as oposições no Tocantins. O grande dilema é se marcharão unidas ou em duas candidaturas.

 

O desenlace, na justiça, do imbróglio causado por Júnior Coimbra no PMDB, a favor dos Autênticos fortaleceu em muito a construção de um acordo – que já estava comprometido – com os demais partidos de oposição.

 

Permanecem na disputa até amanhã, o Prós e o PV, que luta para manter o PT no bloco, mesmo com a resolução da nacional indicando que o partido deve marchar com o PMDB.

 

O PC do B também recebeu orientação superior para seguir com o PMDB de Kátia e Marcelo, contrariando fortemente o aliado local, prefeito Carlos Amastha, que terminou de desembarcar de mala e cuia no palanque governista. O mesmo que combateu para se eleger em 2012.

 

PT levará convenção até a meia noite

 

O PT, bem ao seu estilo, estica a discussão interna desde as 9hs da manhã deste domingo. Vai até a meia noite e poderá não bater martelo sobre sua decisão final, deixando para amanhã a definição sobre a composição que fará.

 

O partido tem duas prioridades: fortalecer o palanque da presidente Dilma -  motivo mais que suficiente para selar o acordo com o PMDB -  e eleger um deputado federal. Parece incrível que com duas décadas de história do Estado e a ascensão de Lula, o partido ainda não tenha chegado a este patamar: uma representação em Brasília.

 

Fechado num bloco com o PV, anunciado na semana que passou, os dirigentes do PT buscam uma forma de manter o apoio a Marcelo Lélis. A saída pode ser abrir mão da vice em favor do PV e ficar com a suplência da senadora Kátia Abreu, mas não há nada definido.

 

O PV resiste e tenta manter candidatura própria, enquanto que o Prós busca o melhor caminho também para viabilizar seus deputados.

 

Podem acabar todos no mesmo palanque? Sim, mas fontes dos dois partidos garantem que não está fácil construir este acordo.

 

Candidatura de Alex Siqueira agita governistas

 

Depois de circularem comentários da insatisfação do ex-governador Siqueira Campos com a indicação do deputado Ângelo Agnolin para vice, aparentemente contornada, há um incêndio grande na base governista e também parte da antiga Arse 21.

 

É que diante de tantas decepções desde que renunciou para que o filho Eduardo Siqueira fosse o candidato ao governo, o ex-governador -  que também renunciou à pré-candidatura ao Senado – está batendo o martelo no sentido de garantir a candidatura a deputado federal do filho Alex Siqueira Campos, do segundo casamento, com Dra. Marilúcia.

 

Alex é da segunda geração dos Siqueiras, extremamente bem educado e motivo de orgulho do pai. Não adotou até aqui carreira política, e vinha representando o ex-governador e até o irmão Eduardo em diversas ocasiões públicas no último ano.

 

O problema é que o próprio Eduardo já haveria dado duas garantias ao grupo: a de que o pai não seria candidato a nada – para não comprometer o discurso de mudança encabeçado por Sandoval, orientado pela leitura das pesquisas qualitativas – e de que o irmão também não seria.

 

É que o mar não está para peixe no cenário da disputa por vagas na Câmara Federal. A retirada de cena de Eduardo Gomes e Angelo Agnolin amenizou, mas existem situações complicadas como a entrada de Tiago Andrino, o pupilo do prefeito Amastha, no grupo.

 

Neste fim de tarde de domingo, as insatisfações entre os candidatos a deputado federal são grandes e podem provocar surpresas de última hora também no staff governista.

 

 

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