A confirmação da presença do diretor executivo da empresa Orla S/A, Sílvio Fróes, na próxima quarta-feira, 28, na Câmara Municipal de Palmas, para prestar esclarecimentos sobre a destinação do dinheiro arrecadado pela instituição gerou polêmica novamente na Casa de Leis nesta quinta-feira, 22.
Em seu discurso na tribuna, o democrata Fernando Rezende, autor do requerimento que solicitava o comparecimento de Sílvio ao parlamento, afirmou que o objetivo da visita do diretor executivo da empresa é elucidar os investimentos da instituição na Capital. Rezende garantiu que não está defendendo a empresa Orla, afirmando que há sim erros no projeto, mas que a recriação por parte da Assembleia Legislativa (AL) da Companhia de Desenvolvimento do Tocantins (Codetins) está longe de ser a solução para o problema.
"Não tenho ligação alguma com a Orla S/A, não sou sócio da empresa, não tenho ligação com ela. Afirmo ainda que há problemas sim na execução deste projeto, há erros, mas ressuscitar a Codetins não vai resolver, pelo contrário vai colocar nas mãos de um órgão público o patrimônio público que deve ser gerido por uma empresa privada", argumentou Fernando.
Apoio
De acordo com o democrata, a empresa já teria investido em Palmas cerca de R$ 15 milhões em obras de ação social na Capital. O vereador disse ainda que espera contar com o apoio dos parlamentares e do prefeito Raul Filho e de toda a sociedade para a mobilização em torno dessa discussão.
“Não estou desafiando ninguém, estou apenas exigindo transparência na discussão desse processo. A criação da Codetins é um estupro a sociedade palmense esta é uma empresa imobiliária falida, isto não pode acontecer”, afirmou o democrata.
Vergonha
Para o vereador Milton Neris (PT) o Orla S/A é uma vergonha para o Tocantins e apenas realiza especulação imobiliária na Capital. “Apresentei um requerimento ainda no ano passado solicitando a presença do senhor Sílvio Fróes para ele prestar esclarecimentos e porque só agora, depois da extinção da empresa é que ele vem atrás desta Casa? Isso não está certo”, ressaltou Milton.
Já o vereador Lúcio Campelo (PR) aproveitou seu discurso para lembrar que a criação da Codetins é um retrocesso para a Capital, que já vem sofrendo a anos com o problema de seu patrimônio imobiliário.
“O setor Taquari, criado pela própria Codetins, é um exemplo do descaso do estado para com Palmas. Lá os moradores não tem infra-estrutura, e vem enfrentando uma realidade difícil, porém o município fica impedido de investir no local porque não controla o patrimônio imobiliário da área. Por isso precisamos debater estes assuntos porque não adianta governar pensando apenas no agora, precisamos ser responsáveis e fazer o planejamento futuro, pensar em todas as consequências”, finalizou Lúcio.
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