Perillo nega envolvimento com Cachoeira e diz que é injustiçado: Agnelo abre mão de sigilos

Os depoimentos na CPI do Cachoeira continuam em Brasília. Nessa terça, 12, foi a vez do governador goiano Marconi Perillo (PSDB), que negou qualquer envolvimento com o contraventor. Em seu depoimento, Perillo falou que está sendo vítima de perseguiçã...

O governador do Goiás, Marconi Perillo (PSDB), foi ouvido nesta terça-feira, 12, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as atividades criminosas de Cachoeira. O seu depoimento durou mais de oito horas e Perillo negou ter envolvimento próximo com o contraventor. Na ocasião, o governador informou que nunca teve contato com o ex-dono da construtora Delta, Fenando Cavendish.

Sobre a casa onde Cachoeira foi preso pela Polícia Fedral, e que havia sido vendida pelo governador ha pouco tempo, Perillo informou que ela foi vendida de forma legal e de boa fé. Durante seu depoimento, o governador declarou , que está sendo vítima de perseguição. “Estou sendo vítima de uma grande injustiça originada de ataques odiosos e sem limites”, destacou.

Caso Delta

Sobre favorecimento da empresa Delta, Perillo informou que a empresa tem apenas quatro por cento do total de contratos da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas – Agetop. O governador apresentou números que superam R$ 1 bilhão de reais em contratos na Agetop sendo que a Delta detém pouco mais de R$ 51 milhões. “Desafio uma auditória nas obras do meu governo. É evidente que não há lógica nas acusações de influencia em licitações ou poder paralelo”, ressaltou.

Acusações

Marconi Perillo falou ainda sobre as relações ilícitas que aconteceriam pelo País. "Acho que grave não é investigar uma casa. Mais graves são as outras relações que existem neste País, principalmente os conchavos de empreiteiros, principalmente o direcionamento de obras. Isso precisa ser investigado”, destacou o governador ao informar que “se quisermos passar o Brasil a limpo, é preciso ir fundo nessas investigações todas, e esta CPI poderá dar uma grande contribuição ao Brasil".

Agnelo depõe na CPI

O governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT), também foi um nome citado em escutas telefonicas como suposto envolvido na quadrilha de Cachoeira e depõs na CPMI nesta quarta-feira, 13. Durante seu depoimento o governador petista colocou a disposição da Comissão, os seus sigilos bancários, fiscal e telefônico, o que foi acatado pelos parlamentares que apresentaram um requerimento para a quebra.

 

Comentários (0)