Pesquisa revela o óbvio escrito na sucessão em Palmas e muita gente já sabia

Estive ocupada nos últimos três dias tabulando pesquisa. Foram poucos, com muito critério para conferir...

Pesquisadores recebem orientações do Instituto
Descrição: Pesquisadores recebem orientações do Instituto Crédito: Lourenço Bonifácio

Vamos esclarecer uma coisa: decidimos fazer pesquisa para fornecer aos nossos eleitores informações confiáveis do processo eleitoral. Seja ele em Palmas, ou onde for.


Começo explicando, por que a primeira rodada da pesquisa do IpeT1, já provoca furor na militância de quem não concorda com o resultado, simplesmente por que ele não lhe é favorável.


É uma hipocrisia, porque na verdade, os três candidatos melhor situados, têm trabalhando para suas campanhas, institutos de porte nacional, há anos vivendo disto.


Portanto, a liderança de Marcelo Lélis, é conhecida em toda e qualquer pesquisa que se faça em Palmas. Seja lá quem for o contratante.


A dúvida era – pelo menos para nós aqui na redação do T1 – até que ponto ia esta liderança, e até  onde Carlos Amastha estava próximo de Luana Ribeiro. Nos bastidores, recebemos muita informação, inclusive de como está o retrato pintado pelos tais institutos nacionais quando contratados sem a obrigação da publicação.


Meu ceticismo com pesquisas eleitorais é antigo e conhecido dos meus leitores, há anos.


Resolvemos entrar esta área e buscamos parcerias profissionais para tanto, justamente para balizar um resultado que seja fielmente, o retrato do momento.


Pois bem, ele está aí. E o problema todo é que Amastha e Luana estão empatados tecnicamente. Ora, mas isso é novidade para quem? Com certeza apenas para nós, meros mortais que não tínhamos, até agora, os dados que eles, os candidatos e suas equipes já têm.


O crescimento do empresário colombiano, naturalizado brasileiro, está nas ruas para quem quiser ver. Negá-lo, é fazer a política do avestruz, que enfia a cabeça na areia para não enxergar o que está ao seu redor.

 

As obviedades que a pesquisa revela


Não buscamos saber apenas quantos votam em quem. Mas como a população avalia o seu governo estadual, o seu prefeito da capital e a sua presidenta da República.


Se fosse assessora de qualquer um deles, estaria lendo a pesquisa com atenção, por que ela mostra insatisfação em graus variados do eleitor tocantinense e palmense com seus governos. Os que ainda têm tempo, precisam de fato buscar melhorar o grau de satisfação do cidadão.


Agora as mensagens óbvias da pesquisa: Raul tira os votos que Dilma e Lula dão. Estão todos do mesmo lado na capital. Um problema que a equipe da Casa Brasil, que atende a deputada Luana Ribeiro, já vem administrando ao não permitir a presença do prefeito ao lado da candidata nos grandes eventos da capital.


Outra coisa óbvia: a transferência do governador Siqueira Campos a Marcelo Lélis não é suficiente para que ele vença as eleições. O candidato, que lidera as intenções de voto, tem seus desafios para mostrar que é alternativa viável, com condições de governar, sem repetir os gargalos que o governo estadual enfrenta.


Ainda falando de obviedades: Marcelo Miranda é muito querido. Influencia no voto. Mas tem altíssimos índices de rejeição, pelos que o consideram ficha suja. Daí que o que ele soma e o que retira, mostra a pesquisa, são valores que até aqui, se equivalem.


Mais do óbvio: a insatisfação, a liberdade de escolha, estão encontrando caminho no semi desconhecido Carlos Amastha, que ficou absolutamente livre do desgaste das duas máquinas administrativas. Ele anda por aí com um discurso forte, agressivo, calcado na sua experiência empresarial positiva. Coisa que até aqui, ninguém duvida.


Então por que a surpresa? Palmas é uma cidade livre. As pessoas pensam, se manifestam, debatem nas ruas, no boteco, no salão, nas redes sociais.


A lógica aqui é diferente. Ninguém vai ficar em primeiro, em segundo, ou em terceiro para sempre. Cada momento, é um momento.


O dos candidatos a prefeito, neste fim de agosto, é este que aí está. Sem ilusão. Sem máscaras. Sem ninguém por trás manipulando.


Nosso desafio é fazer este trabalho aqui e pelas cidades do Tocantins onde conseguirmos chegar com o fôlego que temos, de forma profissional.


Quanto mais profissionais formos, mais perto chegaremos do resultado. Uma grande ambição no campo da pesquisa! 


Melhor – muito melhor - do que ganhar alguns trocados para fabricar números, que no final, sempre vão desagradar alguém.

 

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