Foram presos em flagrante neste domingo, 14, os estudantes Anderson Carlos Brasil Vasconcelos, de 21 anos, Lyanderson Andrade Arruda, de 22 anos que foram financiados por Olavo Vieira de Macedo, de 31 anos, acusados de tentativa de fraude no vestibular da Universidade de Federal do Tocantins – UFT.
A ação conjunta entre a UFT, o Ministério Público Federal – MPF e a Polícia Federal desmantelou o golpe neste domingo, 14, após a aplicação das provas do vestibular da UFT no campus da Universidade Luterana de Palmas – ULBRA, no prédio destinado a realização de provas para o curso de medicina.
De acordo com o reitor da UFT, Alan Barbiero o golpe é aplicado em diversas universidades federais do Brasil, através da contratação de estudantes para fazer a prova no lugar de outros.
Quadrilha substituia o vestibulando na hora da prova
“Dois estudantes da faculdade de medicina de Fortaleza foram contratados para fazer a prova do vestibular, pelo valor médio de 12 a 15 mil. O chefe da ação, identificado como estudante do curso de medicina da UFT receberia pelo golpe entre e 20 e 70 mil”.
O delegado da Polícia Federal, Rodrigo da Silva Onofre, explicou que as investigações começaram a partir das informações passadas pela Universidade Federal do Tocantins, que já investigava os possíveis suspeitos há três meses.
“A ação da polícia partiu das investigações passadas pela UFT que já investigava os possíveis suspeitos há três meses. A PF identificou e prendeu os integrantes da quadrilha em flagrante. Agentes acompanharam a execução das provas pelos pilotos (estudantes contratados para fazer provas em nome dos outros alunos) e após o termino das provas foi dada voz de prisão a eles que confessaram a ação de imediato a fraude”, explicou.
Vestibular não será cancelado
O reitor da UFT, Alan Barbiero esclareceu que o vestibular não corre o risco de ser cancelado. “Não houve venda de provas nem outro tipo de corrupção no processo seletivo a não ser a troca de identidades da pessoa que fez a inscrição com relação aquela que efetivamente faria a prova. Então nesse sentido conseguimos identificar no prédio que fariam as provas do vestibular de medicina que estavam com a documentação falsa e fazendo prova em nome de outros que também vão responder de forma criminal”.
Prisão aconteceu no Ceulp/Ulbra
Os três envolvidos foram presos em flagrante neste domingo e confessaram o crime. Os dois estudantes que realizariam a prova do vestibular de medicina foram presos no campus da Universidade Luterana de Palmas – ULBRA, ambos são da cidade de Fortaleza – CE.
Os estudantes pilotos, contratados para fazer as provas Anderson Carlos Brasil Vasconcelos e Lyanderson Andrade Arruda e o acusado de chefiar ação Olavo Vieira de Macedo, estão presos na Casa de Prisão Provisória de Palmas. Os estudantes que seriam beneficiados com o golpe Antônio Luciano Ribeiro e George Érico de Souza Cavalcante já estão sendo investigados.
Penas alcançam contratantes
Segundo o representante do Ministério Público Federal – MPF, o procurador Victor Mariz, além dos três presos os estudantes que seriam beneficiados também estão sendo investigados e todos poderão responder criminalmente.
“Eles podem ser autuados por estelionato, para o qual são previstas penas de um a cinco anos, e que podem ser agravadas com mais um terço da pena por fraude a uma instituição federal. Por usarem documentação falsas podem cumprir penas que vão de 2 a 6 anos e ainda foram encontradas substâncias entorpecentes para uso próprio”, explicou.
Comentários (0)