PGE propõe PL para regularizar pagamento de gratificações, mas Simed diz que problemas vão além e não garante retomada de cirurgias

Durante a reunião realizada no fim da tarde desta eterça-feira, 5, a Procuradoria Geral do Estado, apresentou ao Simed a proposta de encaminhar à Assembleia Legislativa um Projeto de Lei, que regulamenta o pagamento de de gratificações. Contudo, na m...

Em reunião no final da tarde desta terça-feira, 05, o procurador geral do estado, André Luiz de Matos apresentou ao Sindicato dos Médicos a proposta da elaboração de um Projeto de Lei, para regularizar o pagamento das gratificações da categoria. 

Segundo informou a Sesau, o PL dever ser encaminhado à Assembleia Legislativa para aprovação na próxima semana. De acordo com o Procurador, a intenção é que estes pagamentos sejam feitos de forma legal, já que as Portarias que davam subsídio para isso não possuem esse respaldo. “Os médicos têm papel imprescindível para a Saúde, por isso pedimos tempo para a reorganização dos processos, sendo que no momento está sendo examinado os editais e atas de registro de preço para a contratação dos serviços na Saúde, pois buscamos dispositivos legais para a resolução dos problemas”, disse Matos.

Sobre o Ressarcimento de Despesas de Atividades na Saúde – Redasa, que é legalizado, a Sesau informou que o mesmo foi pago até fevereiro, o qual a data dos acertos dos meses subsequentes será feito em acordo a ser realizado entre o Simed e a Sesau.

Simed não garante retomada de cirurgias

Por telefone na manhã de hoje, o vice-presidente do Simed, Hilton Mota, disse ao Site Roberta Tum que somente o pagamento do que é devido aos médicos, não irá garantir a retomada dos procedimentos cirúrgicos. De acordo com Mota, o problema vai além. "O problema vai muito mais além. É claro que se o profissional não recebe ele não tem incentivo para continuar trabalhando, mas se não há condições estruturais também não", disse o vice-presidente, que lembrou que os procedimentos cirúrgicos foram suspensos também pela falta de medicamentos e de estrutura nos centros cirúrgicos.

"Falta suprimento, está faltando analgésico lá em Gurupi por exemplo. Como um médico vai fazer uma cirurgia sem ter o medicamento de dor para dar ao seu paciente após o procedimento. Falta manutenção nos centros cirúrgicos, aparelhos estão quebrados e a alimentação está horrível", relatou o médico, que disse que a Sesau tem dado respostas vagas. "Estão nos dando apenas respostas evasivas", afirmou.

Segundo Mota, o Simed tentará negociar com a categoria a retomada dos procedimentos, mas nada está garantido. "Vamos tentar, mas não acho que um simples telefonema vai resolver o problema", concluiu o vice-presidente.

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