PM´s reclamam que governo não estaria pagando indenizações e destacam que estão sendo cobrados por instituições financeiras

Os atrasos no repasse da verba referente a indenização dos policiais militares que deveria estar sendo feito pelo Estado às instituições financeiras tem levado o Banco Santander a cobrar e ameaçar incluir os nomes dos militares no SPC e Serasa. ...

O presidente da Associação de Cabos e Soldados do Tocantins, cabo Geovane Alves dos Santos,  confirmou na manhã desta segunda-feira, 24, que atrasos no repasse da verba de indenização dos militares por parte do governo às instituições financeiras, tem levado bancos a cobrar e ameaçar incluir os nomes dos militares nos programas de proteção ao créditos, SPC e Serasa.

A indenização em questão é referente ao pagamento de salários ocorridos no ano de 1993. Nessa época, todos os secretários inclusive o comandante da PM, receberam aumento salarial e como os subsídios da tropa eram vinculados ao do comandante os policiais também teriam que ter recebido o reajuste.

A cobrança, de acordo com o advogado da Associação, Cícero Tenório Cavalcante é devido a forma com que a classe firmou os contratos. Segundo ele, o Banco Bonsucesso, uma das instituições contratadas pela categoria, embora tenha cobrado juros mais altos, atendeu todas as regras de sessão de crédito estipulada pelo Banco Central. Ao contrário, o Banco Santander, de acordo com o advogado, acrescentou no contrato cláusula atribuindo responsabilidade de avalista aos militares, o que levou a Associação a efetuar descredenciamento com o banco.

Ainda segundo Tenório, o descredenciamento não agradou os militares por já terem feito compromisso com o dinheiro e, novamente, a entidade, diante de um novo contrato, voltou a credenciar o banco Santander. Diante da avaliação do novo contrato, o advogado informou que a instituição não fez alteração alguma, o que para ele tem dado respaldo para as cobranças e ameaças que os militares estão recebendo por parte do banco. “O que compete a mim, agora, é orientar a categoria que de posse dos contratos e do decreto do governo procurem o Procon”, explicou.

Entenda

O atraso, de acordo com o advogado iniciou em dezembro de 2010, ainda no governo de Carlos Gaguim. O referido pagamento, segundo ele, foi efetuado em fevereiro de 2011. Em junho a situação se regularizou. Já os meses de setembro e outubro voltaram a atrasar.

Na última sexta-feira, 21, Tenório informou que o mês de setembro foi pago e que o governo pediu tolerância ao banco Santander para efetuar o pagamento de outubro.

O outro lado

O Site Roberta Tum está tentando contato com o governo para esclarecer a situação. (Colaborou Hellen Souza)

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