Após receber uma denúncia de suposta prática de crime de pedofilia, a Polícia Civil de Arraias iniciou, no último dia 03 de junho, investigações que se estenderam por quase dois meses e culminaram na prisão de Ramos e Oliveira. De acordo com informações do delegado Ronan Almeida, uma terceira pessoa pode também estar envolvida na prática criminosa, estando esta com a prisão preventiva decretada.
Ainda conforme o delegado, durante as investigações, apurou-se que um dos acusados residia próximo à Escola Apoenã, e sempre ficava nas proximidades da escola nos horários de saída e entrada dos alunos, tentando atrair as crianças, usando para isto dinheiro, balinhas e biscoitos. “As vítimas narraram que ele sempre portava células de pequeno valor, bem como balinha e bolacha e os mostravam às menores na porta da escola”, afirma o delegado.
Após o depoimento de diversas crianças, a polícia chegou ao segundo acusado. Segundo depoimentos, Oliveira abusava sexualmente das menores da mesma forma que Ramos, sendo que por vezes ambos praticavam os atos hediondos na casa de Odair e outras vezes, as menores, iam até a casa de Galdino, onde também eram molestadas. Encaminhadas ao Instituto Médico Legal, foi constatada ruptura de hímem em pelo menos cinco meninas.
O delegado informou ainda que o procedimento criminoso era sempre o mesmo: após atrair as meninas com doces e biscoitos, as trancavam em sua casa e as violentavam. Após molestar as vítimas, os acusados lhes davam pequenos valores monetários e pediam para que elas chamassem outras crianças para sua casa e ainda as ameaçavam, caso contassem algo a alguém.
Os acusados foram indiciados nos crimes de atentado violento ao pudor e estupro, com violência presumida. A pena para cada crime é de até 10 anos. Considerando que foram 12 vítimas e, segundo elas, inúmeras foram as vezes que foram molestadas pelos acusados, a reprimenda final poderá ultrapassar 120 anos de cadeia.
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