Policiais civis aceitam piso de R$ 3,5 mil e cessam greve: governo analisará cortes de ponto

Depois de mais de uma semana de greve os policiais civis resolveram em Assembléia geral aceitar a proposta de piso salarial do governo de R$ 3,5 mil pagos em duas parcelas uma de R$ 3 mil em abril desse ano e outra de R$ 500 em julho do próximo ano. ...

O Sindicato  do Servidores da Polícia Civis do Estado  - Sipocito aceitou em Assembléia Geral no início da noite desta sexta-feira, 26, a proposta de piso salarial proposta pelo governo. A categoria vai ter o piso de R$ 3,5 mil parcelado em duas vezes, sendo a primeira parcela (R$ 3 mil) para abril desse ano e a segunda (R$ 500) para julho do próximo ano.

Na próxima segunda, 29, a presidente do Sipocito Nadir Nunes vai encaminhar formalmente ao governo o comunicado de que a greve cessou e vai tentar ainda resolver o impasse com relação á ação judicial que o Estado entrou na justiça para que a categoria retornasse ao trabalho.

A partir deste sábado, 27, os serviços nas delegacias e também dos agentes de polícia civil que trabalham nos presídios já voltam à normalidade assim como os plantões nas delegacias. Em nota encaminhada aos policiais a presidente do Sipocito, Nadir Nunes comunicou o fim da greve. "Não ganhamos tudo nem perdemos tudo. Ganhamos e perdemos", diz ela na nota.

Efeitos da greve

Na Assembléia, 200 policiais votaram pela aceitação da proposta de antecipação do pagamento do piso, proposta pelo governo na manhã de hoje. Para o Sipocito, o valor negociado com o governo não era o almejado, mas atende a necessidade da categoria tendo em vista ainda o prazo que o governo tem para encaminhar a lei que vai implementar o piso salarial para a Assembléia.

Segundo informou o presidente da Associação dos Papiloscopistas do Estado do Tocantins, Iranilto Sales, um dos motivos que fez com que a categoria cessasse a greve foi a preocupação com a segurança do Estado.

“Nós aceitamos a proposta do governo pois não queríamos causar prejuízo ao Estado com a greve”, disse a presidente que falou ainda que a categoria vai continuar conversando com o governo com relação às condições do sistema prisional e ainda outras questões.

Governo vai analisar corte de ponto

Em entrevista coletiva na noite desta sexta, 26, após o anúncio de término da greve o secretário chefe da Casa Civil, Antônio Lopes Braga Júnior explicou que o governo não teve como oferecer o pedido pela categoria em virtude do limite de gastos com pessoal. Júnior ressaltou no entanto que o governo não mediu esforços para negociar com a categoria. “O governo sempre esteve aberto no intuito de abreviar a greve”, salientou.

Com relação ao corte de ponto dos grevistas conforme determinação da justiça o secretário disse que o governador Carlos Henrique Gaguim (PMDB) vai analisar a questão e com base na decisão da justiça vai decidir o que será feito com relação à esse ponto.

A juíza Adelina Gurak, da 1ª Vara da Fazenda Pública declarou a greve “ilegal e abusiva” e notificou o Sipocito para que os civis retornassem ao trabalho.

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