A Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Público de Palmas (HGPP) está isolada. A informação é de uma fonte do Site Roberta Tum que preferiu não se identificar e que foi confirmada pela Pró-saúde. Segundo a organização que administra os hospitais do Estado, em avaliação as culturas dos pacientes lotados em terapia intensiva foi feito diagnóstico de um possível foco de infecção e que por isso foi feita a restrição no número de pacientes.
Ainda conforme as informações, um dos problemas que teria ocasionado o isolamento da Unidade seria a falta de antibióticos para "tratamentos pesados", mais complexos, em pacientes internados no setor. Sobre o assunto, a Pró-saúde informou que toda a medicação necessária para o setor está disponível no HGPP e afirmou também que uma limpeza terminal de toda a área física está sendo feita.
Ainda segundo a assessoria da Pró-Saúde, o atendimento será normalizado na segunda-feira, 12, e os pacientes que necessitarem do serviço serão encaminhados para outros hospitais.
Outra versão
Segundo as informações da fonte que possui formação na área de saúde e conhece bem a UTI do HGPP, a Unidade há muito tempo, vem funcionando com deficiências no atendimento por falta de medicamentos indispensáveis e de pessoal para atuar no setor.
Segundo as informações, um dos motivos que resultou no isolamento é a falta de antibióticos para "tratamentos pesados", mais complexos, em pacientes internados no setor. A fonte detalhou que a Pró-Saúde, com a intenção de economizar, não tem comprado medicamentos suficientes para atender a demanda da UTI. “Um paciente que recebe 6 doses de antibióticos durante todo o tratamento, hoje, está recebendo em média 4 a 5 doses e com isso a bactéria fica mais forte”, informou.
Outra informação repassada ao Site Roberta Tum, é que devido a pressão do Ministério Público Estadual (MPE), e de pessoas que estão com parentes internados esperando uma vaga na UTI, muitos pacientes estariam recebendo alta antes do tratamento terminar para dar a vaga à outros que precisam de leito.
Mais reclamações
O paciente Elbes Martins Tranqueira, de 31 anos, morreu na tarde da última terça-feira, 6, no HGPP após passar por procedimento cirúrgico. Martins deu entrada no Hospital no último dia 27 e segundo informou a família, esperava uma vaga na UTI.
Conforme as informações da família repassadas à imprensa, Tranqueira passou por uma cirurgia no pulmão no início da semana, e conforme o médico que lhe atendeu, deveria ter ido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas como não havia vagas, o paciente ficou na sala vermelha. Na terça-feira, por volta das 14h25, o paciente veio a óbito.
Na ocasião, a Pró-Saúde informou, em nota, que o paciente foi atendido no hospital no último dia 27 e encaminhado para sala vermelha conforme a classificação de risco. Ainda segundo a Pró-Saúde, Martins passou por procedimento cirúrgico em função de um derrame pleural e que mesmo não tendo vaga na UTI, o paciente recebeu um atendimento na sala vermelha com todos os equipamentos necessários, mas devido a gravidade do caso, o paciente não resistiu e veio a óbito.
Veja a íntegra da nota enviada pela Pró-Saúde
"A direção do HGPP – Hospital Geral Público de Palmas informa:
Que em avaliação as culturas dos pacientes lotados em terapia intensiva foi feita diagnóstico de um possível foco de infecção.
Diante deste cenário a equipe médica em conjunto com a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do HGPP e direção, adotaram medidas de contenção baseadas em normativas e protocolos do Ministério da Saúde, a saber:
1. Os pacientes estão tendo seu quadro clínico e laboratorial avaliado e classificado conforme os critérios vigentes para definição (ou não) de infecção hospitalar (IH).
2. Restrição do número de internações na unidade de terapia intensiva;
3. Realização de limpeza terminal de toda área física;
4. Coleta de amostra para cultura de todos os pacientes internados nesta unidade, para controle do processo;
5. Implementação de precauções de contato para todos os pacientes e restrição de visitas na unidade;
6. Realização de treinamentos específicos quanto aos protocolos adotados;
Esclarecemos: o cenário relatado, segundo a literatura, é uma ocorrência no cotidiano das Unidades de terapias Intensivas de qualquer hospital.
Informamos ainda que não há falta de materiais e medicamentos para nenhum paciente do HGPP.
Palmas, 09 de março de 2012"
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