Precariedade do Hospital Regional de Augustinópolis leva Seet a notificar Sesau: Governo promete providências

O Sindicato dos Profissionais da Enfermagem do Estado do Tocantins (Seet), notificou o secretário da Saúde, Nicolau Esteves, pedindo que fossem tomadas providências em relação à irregularidades encontradas na unidade. A notificação foi enviada ao sec...

Após visita realizada no Hospital de Referência de Augustinópolis, o Sindicato dos Profissionais da Enfermagem do Estado do Tocantins (Seet), notificou o secretário da Saúde, Nicolau Esteves, pedindo que fossem tomadas providências em relação à irregularidades encontradas na unidade. Segundo informou o diretor jurídico do Seet, Claudean Pereira Lima, há pendências tanto de recursos humanos como de materiais.

De acordo com Lima entre as principais denúncias apresentadas estão problemas com alimentação, repouso dos funcionários, desvio de função e falta de segurança. Outro fato que preocupa, segundo o diretor, são as condições precárias na estrutura física do hospital, que está com infiltrações nas paredes e no teto, piso com rachaduras, janelas quebradas e sem proteção.

Segundo as informações repassadas pelo Seet, a direção da unidade já foi notificada a dar explicações e tem até 30 dias para resolver o caso. “O dever do Seet é defender e lutar por direitos dignos da classe, como também preocupamos com a saúde e segurança dos pacientes. Faltam materiais básicos, como luvas, máscaras cirúrgicas, o número de bebedouros é insuficiente e falta até talheres. É inadmissível que um hospital esteja nessa situação”, afirmou o diretor.

Falta de funcionários

Lima explicou que o hospital possui 43 enfermeiros assistenciais e 225 técnicos em enfermagem, destes 60 são contratados e que o número de funcionários é não é suficiente devido a grande quantidade de pacientes. O diretor afirmou também, que a unidade tem descumprido a resolução 376/2011 do Conselho Federal de Enfermagem (Confem), que determina que o transporte de paciente seja feito por uma equipe especializada e no hospital o trabalho estaria sendo desempenhado por profissionais da enfermagem.

“Isso caracteriza desvio de função, os enfermeiros precisam deixar suas funções e se prestarem a outras, como ir na farmácia buscar remédio e transportar pacientes. Foi percebido também que falta seguranças, assim está comprometendo o trabalho e a tranquilidade de usuários e profissionais”,afirmou.

Direção do Hospital

A direção administrativa do hospital informou ao Site RT que providências já estariam sendo tomadas e que a situação não altera o funcionamento do hospital e nem interfere no atendimento dos pacientes. Ainda segundo as informações, o diretor geral, Ho-chomini Araújo, pediu a exoneração do cargo na tarde dessa terça-feira, 5, e a Sesau ficou responsável um novo diretor, o que deve ocorrer até a próxima semana.

Soluções

Em nota a Sesau informou que tem conhecimento da situação e que os processos de licitações para resolver os problemas referentes à alimentação, higienização, manutenção, segurança e lavanderia está em andamento.

Confira a íntegra da nota

“A Sesau – Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins informa que é de conhecimento a situação por que passa o Hospital Regional Público de Augustinópolis. Em razão disso, a Sesau informa que já estão em andamento os processos de licitação para resolver as questões de alimentação, higienização, manutenção, segurança e lavanderia”.

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