Prefeitura contesta advogada e afirma que não doou área para empresa: situação teria sido regularizada

A Prefeitura de Araguacema, por meio de sua advogada, Aurea Maria Matos, informou que o Decreto de Servidão (direito de passagem), por meio do qual a prefeitura teria doado uma área particular, de propriedade da advogada Layla Cristina Taquari, para ...

Em resposta, as acusações feitas pela advogada Layla Cristina Taquari sobre uma suposta doação irregular de uma área particular à empresa Pipes, em Araguacema, a advogada da prefeitura, Aurea Maria Matos, informou que o Decreto de servidão (passagem pela área) já existia há muito tempo e que não existe documento da prefeitura doando a área para a Pipes operar.

“O que a prefeitura fez foi regularizar o direito de servidão, não doar área para a Pipes instalar, e esse decreto favorece, inclusive a empresa dela, que como dona de parte da área também pode operar no local, caso receba a concessão dos órgãos competentes”, informou.

Indenização

Sobre a indenização da área, Aurea informou que até o momento a advogada não tem direito porque não existe estrada vicinal que dá acesso ao ponto onde supostamente a balsa vai operar. “O direito à indenização ainda não nasceu por que não tem benefício algum na área. Lá não tem cascalho e nem balsa operando, o decreto apenas regularizou o direito de passagem que já existia há muitos anos, agora, no momento em que existir uma estrada vicinal, uma balsa operando, aí sim com certeza a Layla irá entrar com o pedido de indenização e irá receber”, ressaltou.

Questionada sobre o suposto favorecimento à empresa Pipes, por parte da prefeitura, Aurea informou que nunca houve qualquer convite a empresa e nem favorecimento. “A prefeitura nunca fez convite algum nem à Pipes e nem a qualquer outra empresa. Pelo contrário, a empresa que demonstrou interesse, formalizou o pedido e a prefeitura aceitou, para tornar os preços mais justos”, informou.

Pipes responde

A gerente da empresa Pipes, em Palmas, Lorrani Barros Brito, admitiu que a empresa teve vários pedidos de licença ambiental negados pelo Naturatins, mas que o último, feito em janeiro deste ano, foi concedido com base no anseio popular, demonstrado por empresários e membros da comunidade que assinaram o abaixo assinado. “Nossa empresa entrou para colocar a balsa na cidade, pois a balsa da empresária que faz a travessia no local não atende a demanda”, declarou.

Ainda segundo a gerente, tendo em vista que a outra empresa não tinha condições de operar, o abaixo assinado foi feito e juntado a uma declaração do prefeito e entregue ao Naturatins, que concedeu a lincença. “Se a terra foi desapropriada ou não, isso nós não sabemos, até por que isso cabe a prefeitura e ao prefeito explicar, mas a empresa Pipes vai prestar um serviço necessário a comunidade”, finalizou.

Naturatins explica

Em nota, o Naturatins informou que a licença ambiental para a empresa Pipes instalar a balsa foi concedia em 18 de janeiro deste ano porque a empresa atendeu às normas ambientais vigentes. Em relação a questão judicial envolvendo a terra, o Naturatins informou, que Instituto baseou-se no Decreto Municipal n° 010/2010, em vigor, que dispõe sobre a servidão de passagem de faixa de terra rural para o tráfego de pessoas, veículos e animais que nela necessitarem trafegar.

Veja a íntegra da nota

O Naturatins – Instituto Natureza do Tocantins esclarece a esse veículo de comunicação que a licença ambiental de Instalação concedida à empresa Pipes, em 18 de janeiro de 2012, atende às normas ambientais vigentes.

Informa ainda que em referência à situação Judicial da posse da propriedade, este Instituto baseou-se no Decreto Municipal n° 010/2010, em vigor, que dispõe sobre a servidão de passagem de faixa de terra rural para o tráfego de pessoas, veículos e animais que nela necessitarem trafegar.

Ressalta ainda que o Instituto não foi notificado sobre qualquer decisão judicial pela Comarca de Araguacema sobre anulação ou revogação do Decreto acima citado. Caso oficiado, tomará os procedimentos cabíveis.

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