Presidente do PMDB de Ananás declara apoio à pré-candidatura de Siqueira

Membros do diretório municipal do PMDB de Ananás vão contra decisão da Executiva Estadual do partido e anunciam apoio a pré-candidatura de Siqueira Campos (PSBD) e Kátia Abreu (DEM) ao Palácio Araguaia. Segundo presidente do partido na cidade, Orácio...

O presidente do diretório municipal do PMDB no município de Ananás, cidade localizada há 520 km da Capital, Orácio César da Fonseca, fez uma declaração nesta quinta-feira, 11, que pode sacudir o alto comando do partido: por lá os membros da legenda pretendem apoiar a pré-candidatura do ex-governador Siqueira Campos (PSDB) e da senadora Kátia Abreu (DEM) ao Palácio Araguaia.

 

Motivado pela reunião ocorrida ontem em Brasília que praticamente confirmou o acordo entre PT e PMDB em uma chapa encabeçada por Raul Filho (PT) com o deputado federal Moisés Avelino (PMDB) concorrendo a vice e o ex-governador Marcelo Miranda (PMDB) e João Ribeiro (PR) ao senado, as lideranças do partido em Ananás querem agora a carta branca para apoiarem o grupo de Siqueira.

 

Alegando que os membros atuais da Comissão Executiva do PMDB no Tocantins não comungam da filosofia real do PMDB, Orácio disse ao Site Roberta Tum que ele e o diretório de Ananás não vão partilhar das decisões do comando estadual da legenda da qual faz parte desde que ainda era conhecida como MDB.

 

“Nós do diretório municipal queremos dos males o menor e nessa conjuntura não há dúvidas de que esse nome é o de Siqueira. Sabemos de todas as ações do ex-governador, inclusive as negativas, mas frente a decisão da Executiva Estadual que praticamente impõe uma chapa com o PT fica difícil apoiar. Tudo que eles decidem não passa apenas de um jogo de interesses político, não tem nada a ver com o plano de desenvolvimento para o Tocantins”, afirmou Orácio.

 

Segundo ele ainda não houve nenhuma conversa com o grupo utista, nem tampouco com o próprio diretório estadual do PMDB com um questionamento.

 

“Aqui em Ananás somamos 21 membros e a maioria, 18, está do lado de Siqueira. Infelizmente não seríamos contra uma decisão da legenda, mas não podemos assinar em baixo da postura de direção que pressiona, persegue e coíbe os membros, obrigando-os a fazer parte de um acordo político no qual não acreditamos, o qual não foi discutido internamente, mas sim imposto com mãos de ferro, que descaracteriza a doutrina do PMDB. Não faremos parte disso”, finalizou.

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