Nesta terça-feira, 30, a presidente do Tribunal de Justiça, a desembargadora Willamara Leila solicitou através de uma carta que os servidores retornem as suas funções. “Faço um apelo sincero a todos para que voltem ao trabalho e retomem suas funções, sem prejuízo às negociações, que, asseguro serão aceleradas, diante desta atitude de bom senso e de respeito mútuo”.
Ainda segundo a carta a desebargadora ressalta que foi através do diálogo se chegou a um consenso em torno da data-base, do reajuste de 25 para 30% na produtividade, dos investimentos na saúde dos servidores, da construção de creche e instituição do auxílio-creche, do aumento do auxílio alimentação e da importância da consolidação da Escola Judiciária.
Confira a carta na integra:
Tribunal de Justiça
Assessoria de Comunicação
CARTA AOS SERVIDORES
Desde que assumi a presidência do Tribunal de Justiça, assumi também a obrigação e o compromisso de zelar pelos direitos dos servidores e estar ao lado de todos nos avanços e conquistas que devem derivar de um processo de transformação pelo qual passa o nosso judiciário.
Não existe Justiça moderna sem servidores motivados e satisfeitos. É esta filosofia que vem norteando a nossa relação com as entidades que representam os servidores, em especial o SINJUSTO, com quem estabelecemos um diálogo saudável, democrático e produtivo logo no início da nossa gestão.
Foi fruto deste DIÁLOGO que chegamos a consenso em torno da data-base, do reajuste de 25 para 30% na produtividade, dos investimentos na saúde dos servidores, da construção de creche e instituição do auxílio-creche, do aumento do auxílio alimentação e da importância da consolidação da Escola Judiciária.
Foi CONVERSANDO que iniciamos os estudos para revisão das progressões, anuênios e risco de vida dos Oficiais de Justiça. Da mesma forma como nos posicionamos do lado dos servidores na questão do pagamento da diferença das URVs, que depende de decisão judicial, mas que conta com o nosso apoio.
Também foi fruto desta relação de confiança com os servidores, que o Tribunal de Justiça conseguiu cumprir suas metas, realizando mutirões carcerários, e atingindo o 4º. Lugar entre os Estados brasileiros nos julgamentos de processos até 2005, (META 2 – CNJ). Resultados que só foram possíveis com o empenho e a dedicação extra do quadro de servidores que compreendeu a importância daqueles eventos para a sociedade.
Estes eventos evidenciaram a necessidade de um reforço no nosso quadro funcional, bem como de estruturas físicas adequadas e investimentos em equipamentos.
Realizamos o concurso público. Estamos investindo na construção de 13 fóruns, criamos as unidades judiciárias e ampliamos os investimentos em informática.
Como se vê, os avanços do Tribunal seguiam caminhando paritariamente às conquistas dos servidores, criando, assim, um ambiente favorável para realizarmos uma grande transformação capaz de orgulhar toda a sociedade e a todos que fazem a nossa Justiça.
Fomos surpreendidos por uma greve que só tem produzido resultados negativos a todos, principalmente àqueles que são a razão da nossa existência, nossos legítimos patrões, que é o povo tocantinense. A greve não prejudica a presidente do TJ e sim o povo tocantinense. Portanto, em nome dos mais de 1 milhão de tocantinenses, faço um APELO sincero a todos para que voltem ao trabalho e retomem suas funções, sem prejuízo às NEGOCIAÇÕES, que, asseguro serão aceleradas, diante desta atitude de bom senso e de respeito mútuo.
Entendo que, ao tomarem esta atitude, não estarão abandonando suas convicções nem tampouco, enfraquecendo sua entidade representativa, que manterá seu assento permanente na MESA DE NEGOCIAÇÕES. Estarão sim, dando demonstrações de grandeza e de elevado espírito público, pois este Tribunal nunca deixou de reconhecer a importância daqueles que, efetivamente, produzem seus melhores resultados.
De nossa parte, fica o compromisso de empreendermos todos os esforços para, dentro de nossas limitações, ampliarmos a nossa política de valorização de pessoal, com ganhos reais e benefícios que possam melhorar a qualidade de vida de todos, chegando a um ENTENDIMENTO que possa ser comemorado por todos, principalmente por parte da população.
Em nome dos demais desembargadores, das entidades que se propuseram a mediar este impasse, e do povo tocantinense, fica aqui registrado o nosso compromisso de manutenção do DIÁLOGO e a nossa certeza de que podemos contar com a compreensão e o compromisso de todos os servidores com o bom andamento da justiça tocantinense.
Muito obrigado pela sua atenção
Palmas, 29 de março de 2010
Willamara Leila
Presidente do Tribunal de Justiça.
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