Pró-saúde contesta relatório do TCU e nega indícios de irregularidades em contratos com Sesau: OS alega que não é parte do processo

Em nota encaminhada à imprensa, a Pró-saúde, empresa que administra 17 hospitais públicos do Estado, nega as irregularidades apontadas no contrato entre a empresa e a Secretaria de Estado da Saúde. As irregularidades foram apontadas em um relatório d...

Em resposta ao Tribunal de Contas da União, que apontou, por meio de um relatório, supostas irregularidades no contrato entre a Pró-saúde e o Governo do Estado, a Organização Social informou, em nota, que não é parte do processo no qual houve a manifestação do TCU.

No mesmo documento, a Pró-saúde contesta as afirmações feitas no relatório, em que o TCU afirma que a empresa não possui conta específica para gerenciamento de recursos federais, oriundos do Fundo Nacional de Saúde dentre outras irregularidades.

Sobre a ausência da conta, a Pró-saúde informou que a empresa dispõe de conta bancária para movimentação de recursos nas unidades hospitalares, conforme determina a legislação, já em relação a “previsão de pagamento de despesas administrativas da sede da Pró-Saúde e reserva técnica, que são despesas que não se enquadram como ações de Saúde", a organização informou, que a Pró-saúde segue o determinado em contrato com a Sesau, de acordo com a legislação vigente

Outro ponto questionado pela Pró-saúde, também apontado pelo relatório do TCU, é o que trata da limitação dos poderes da Comissão de Acompanhamento e Fiscalização (CAF) para os contratos entre a Sesau e Pró-saúde. Sobre este ponto, a organização declarou que mantém toda a documentação relativa aos contratos com o Governo do Estado disponível para consulta dos órgãos competentes, em especial da CAF, enfatizando que o controle de algumas compras centralizadas em São Paulo, para melhor utilização dos recursos públicos, necessita apenas de solicitação prévia para envio de cópia.

Veja a íntegra da nota da Pró-saúde

 

“A Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar vem a público esclarecer que não é parte no processo no qual houve a manifestação do Tribunal de Contas da União. No entanto, algumas afirmações do relatório do TCU que dizem respeito direto ou indireto à Pró-Saúde, organização social sem fins lucrativos, decorrem de entendimento unilateral e que encontra forte tese doutrinária e jurisprudencial contrária, a serem invocadas no momento processual oportuno.

A bem da verdade, em resposta às considerações de matéria publicadas na imprensa a Pró-Saúde esclarece que há informações equivocadas:

1. Em relação à alegada "ausência de conta específica para gerenciamento de recursos federais, oriundos do Fundo Nacional de Saúde", cabe esclarecer que: A Pró-Saúde dispõe de conta bancária para movimentação de recursos nas unidades hospitalares, conforme determina a legislação;

2. Em relação à alegada "previsão de pagamento de despesas administrativas da sede da Pró-Saúde e reserva técnica, que são despesas que não se enquadram como ações de Saúde" cabe esclarecer que a Pró-Saúde segue o determinado em contrato com a Sesau, de acordo com a legislação vigente;

3. Em relação à alegada "limitação dos poderes da Comissão de Acompanhamento e Fiscalização para fiscalização dos contratos entre e Sesau e Pró-Saúde" cabe esclarecer que a Pró-Saúde mantém toda a documentação relativa aos contratos com o Governo de Tocantins disponível para consulta dos órgãos competentes, em especial da CAF, enfatizando que o controle de algumas compras centralizadas em São Paulo, para melhor utilização dos recursos públicos, necessita apenas de solicitação prévia para envio de cópia.

4. Em relação à alegada "ausência de mecanismos de controle interno para monitorar as atividades administrativas da Pró-Saúde" cabe esclarecer que: A Pró-Saúde mantém indicadores de qualidade e de controle, de modo a aferir a prestação de serviços. Além disso, a prestação de contas, estabelecida em contrato com a Secretaria de Estado da Saúde mantém-se rigorosamente em dia, o que comprova a correta aplicação dos recursos, conforme a legislação.

5. Em relação à alegada "falta de procedimentos para a contratação de bens e serviços de obras, recrutamento e seleção de pessoal incompatíveis com os princípios da administração pública" a Pró-Saúde informa que mantém rígido processo para aquisição de serviços e de bens, como tomadas de preço e pesquisa de mercado.

Tais processos podem ser comprovados e estão à disposição das autoridades competentes de forma transparente e inequívoca. Além disso, o recrutamento de profissionais é realizado por meio de seleção técnica, inclusive com a colaboração de consultorias para melhor avaliação. O nível técnico exigido é compatível com as funções desempenhadas. As contratações seguem toda a legislação trabalhista e de acordo com as características de cada categoria.

 

A Pró-Saúde repudia qualquer conclusão ou ilação precipitadas e que comportam o contraditório, que em nada contribuem para a melhoria da saúde tocantinense, colocando-se à disposição dos meios de comunicação para prestar os devidos esclarecimentos.

Palmas, 03 de abril de 2012”

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