O diretor Operacional do Pró-saúde, Marcus Henrique Wachter, esteve na redação do Site Roberta Tum na manhã desta sexta-feira, 27, para esclarecer sobre a suposta ameaça de suspensão dos serviços no hospitais públicos do Estado, que resultou no pedido de Liminar impetrado na Justiça pela Procuradoria Geral do Estado contra a Pró-saúde.
Na ação, já com despacho da Juíza da 3ª Vara dos Feitos da Fazenda e Registros Públicos de Palmas, Ana Paula Turíbio, a PGE pede que a Justiça obrigue a Pró-saúde a manter todos os serviços previstos no contrato com o Estado. No prazo dado pela juíza, a Pró-saúde tem até esta sexta-feira, para apresentar sua defesa. Já na petição, a PGE alega que a empresa teria ameaçado suspender os serviços por falta de pagamento.
Segundo informações do diretor da Pró-saúde, a iniciativa da PGE ao mover a ação aconteceu depois que a empresa encaminhou a Secretaria de Estado da Saúde um ofício notificando a Pasta que caso o pagamento não fosse efetuado, a empresa não teria condições de manter os serviços. “Não houve em momento algum a suspensão dos serviços e nem uma provocação de que eles seriam suspensos. Apenas encaminhamos um ofício ao Governo notificando que a empresa não teria condições de manter todos os serviços caso o pagamento não fosse efetuado”, declarou o diretor, informando que em março deste ano o atraso do repasse demorou um mês.
Os serviços que poderiam ter sido suspensos são pagamentos de servidores, fornecedores e compra de medicamentos.
Defesa
Sobre o prazo dado pela juíza para que a Pró-saúde se manifeste, Marcus Henrique informou que o departamento jurídico da organização social vai apresentar todos os esclarecimentos ainda nesta sexta. “Nosso posicionamento será dado a Justiça dentro do prazo e conforme determina a Lei. Na verdade, vamos esclarecer que não houve suspensão dos serviços e que o ofício foi apenas uma notificação. Eu acredito que com a resposta, essa ação não terá outros desdobramentos, pois tudo ficará muito claro”, declarou.
Governo e Pró-saúde
Questionado se a relação da empresa com o governo está abalada, já que as divergências de posicionamentos tem ocorrido com certa frequência entre as partes, o diretor informou que a relação com o governo é boa. “Temos evoluído bastante, até porque já conhecemos várias pessoas que atuavam na saúde do Estado há muito tempo e isso nos tem ajudado a fazer um bom trabalho. Agora Pró-saúde passou a se posicionar porque muitas vezes o governo mostrava a parte dele e deixava a empresa de lado”, finalizou.
Sesau responde
Sobre a Ação, a assessoria de comunicação da Sesau informou, em nota, que o pedido de Liminar foi impetrado apenas para evitar uma possível interrupção dos serviços prestados e garantir o atendimento nos hospitais públicos de forma adequada, eficiente e segura para a população do Estado. Ainda segundo a nota, a Sesau vem se reunindo com bastante frequência com a Pró-saúde e trabalhando para rever todos os serviços prestados pela empresa, bem como contratos realizados pela instituição.
Veja da nota da Sesau na íntegra:
“A Sesau está em constantes reuniões com a Pro-Saúde, onde está trabalhando a repactuação e revendo todos os serviços prestados pelo OS, bem como os contratos realizados pela instituição.
1. Sobre a ação movida na 3ª Vara da Fazenda de Registros Públicos de Palmas, a Sesau esclarece que esta foi impetrada apenas para evitar uma possível interrupção dos serviços prestados, garantindo assim, o atendimento nos hospitais públicos de forma adequada, eficiente e segura para a população tocantinense”.
Comentários (0)