Os oito professores que atuam no núcleo do Projovem Urbano de Miracema estão com o salário referente ao mês de março atrasados desde o último dia 5, e sem previsão de pagamento. A professora Cleijane Gonçalves encaminhou nota em nome da comissão de professores ao Site Roberta Tum protestando contra o atraso no pagamento de seus salários. São cinco professores da educação básica e três professores de qualificação profissional que estão desde o último dia cinco deste mês sem receber o salário do mês de março.
Segundo os professores, o Instituto Euvado Lodi - IEL, empresa com quem tem o vinculo empregatício estaria tratando a situação com descaso. Eles retratam que o problema é sério e o instituto não estaria se preocupando em cumprir a data de pagamento aos professores.
Atrasos constantes
“Este mês nós ligamos e recebemos a informação que o contracheque estaria pronto e que dia cinco o dinheiro estaria na conta. Deu dia cinco e nada, ligamos, eles disseram que seria depositado dia 16, que não tinha dinheiro, que ele teria sido utilizado para pagar outras coisas. já no dia 16 eles falaram que não tem previsão de pagamento. Estamos quase no dia 30 do outro mês e não temos previsão de pagamento, vai completar dois meses sem pagamento”, disse a professora de língua inglesa, Cleijane Gonçalves. Segundo ela os atrasos são constantes, que desde julho de 2009 os pagamentos vêm atrasando. “No início era as mil maravilhas, em abril, maio, junho não houve nenhum atraso. Depois disso os atrasos foram começando, sete dias, 15 dias, até chegar a esse ponto, onde a gente não tem como agüentar”, disse.
Cobranças a Sejuv
A Secretaria Estadual de Juventude – Sejuv também foi alvo dos questionamentos dos professores. Eles relatam que o programa é desenvolvido pela secretaria e que foram treinados por ela e cobram uma solução para a situação. “O Projovem juntamente com o IEL estão sem nos pagar, digo Projovem da Secretaria da Juventude porque quando estávamos fazendo o curso em Palmas foram eles que nos prometeram pagar todo dia 30”, disse Cleijane.
Falta de materiais e infraestrutura
Na cidade de Miracema existiam dois pólos do programa, sendo que um deles foi fechado para conter despesas. “Fecharam um pólo, diminuiram as despesas e o dinheiro onde está? Gostaríamos de saber o porquê desse atraso, falta pagamento, se existe uma verba pra esse programa, onde ela está, em Brasília?”, questiona Cleijane. Ela ainda relatou que o laboratório de qualificação profissional está há cinco meses fechado por falta de pagamento do aluguel e que água e a energia do local estão cortadas por falta de pagamento. O pólo não dispõe de um laboratório de informática. “Os alunos vão formar sem ter uma aula prática. Os computadores só estão nos papéis deles, nunca chegou uma máquina aqui”, relata Cleijane.
No relato dos professores, os alunos chegaram há ficar cinco meses sem a merenda que é fornecida e que os alimentos só foram repassados após os alunos ficarem ligando para cobrar. Eles ainda destacam que a merenda enviada é pouco e que é preciso controlar os alimentos para que não falte no próximo mês.
“Estamos esperando uma resposta dia 30, repito resposta, não pagamento. Temos carteira assinada e estamos sofrendo em meio a contas atrasadas e com a falta de respeito. Gostaríamos de saber por que não estamos recebendo, se falta verba então porque abriram mais núcleos no Estado?”, cobram os professores.
Comentários (0)