Professores paralisam atividades em Goiatins e reivindicam reajuste salarial: Secretário aponta falta de recursos para pagamento

Os professores da rede municipal de Goiatins paralisaram suas atividades por tempo indeterminado nesta segunda-feira, 15. De acordo com informações da diretora de Assuntos Educacionais do Sintet, Loecy Rodrigues, a classe reivindica o reajuste salari...

Em Goiatins, os professores da rede municipal paralisaram suas atividades nesta segunda-feira, 14, após não terem resultados nas tentativas de negociação com a prefeitura que, segundo ele, se recusam a pagar o reajuste salarial de 22,22% dado pelo MEC à classe. As informações foram passadas ao Site Roberta Tum pela diretora de Assuntos Educacionais do Sindicato dos Trabalhadores em Educação- Sintet, da regional de Araguaína e professora de Goiatins, Loecy Rodrigues Guida.

 De acordo com Loecy, as negociações se iniciaram em março, mas o prefeito Vinicius Donnover teria afirmado que não há recursos suficientes para pagar o aumento salarial determinado pelo Governo Federal e propôs o reajuste de 12%, mas a classe recusou e solicitou uma audiência com o prefeito para tentar um acordo.

“A assessoria nos informou apenas sobre a falta de recursos e se recusou a atender os representantes da categoria, Eles alegam falta de recursos, mas mantém muitos contratados na Educação”, criticou Loecy.

 Em reunião

 A diretora informou ainda que o secretário de Educação, Edimilson de Assis Teixeira, após saber da paralisação, marcou uma reunião com os professores e apresentou o balanço financeiro da Secretaria que incluiu despesas entre empréstimos consignados, descontos do INSS e pensão alimentícia da classe.

 “Ele justificou os gastos e alegou que os recursos eram insuficientes para atender a reposição salarial dos professores, mas muitas despesas apresentadas da secretaria são os próprios descontos feitos diretamente do salário dos professores. Nesse caso as despesas são dos professores e não da prefeitura”, explicou.

De acordo a diretora, as justificativas apresentadas não convenceram a categoria e o na ocasião p secretário ainda teria ameaçado cortar o ponto do profissionais caso eles permaneçam com a paralisação. “Mas o movimento vai continuar”, afirmou.

 Sem recursos

Ao Site Roberta Tum o secretário de Assis Teixeira afirmou que no momento não é possível pagar os 22% aos professores. “O prefeito não recebeu a complementação da União. Fizemos o levantamento da receita com folha de pagamento e o município ficou no vermelho, por isso não tem como pagar esse aumento”, informou.

 Ainda segundo o secretário, a prefeitura está tentando chegar a um acordo com os docentes. “Passamos a cópia da receita do FUNDEB onde relata o que recebemos e gastamos. Pelo documento é possível perceber que no momento não podemos reajustar o salário”, finalizou.

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