Programa de Internação Domiciliar é implantado no Tocantins com base em modelo bem sucedido no ES

A clínica e intensivista Roselene Fraga Loureiro, do Espírito Santo, que trabalha há seis anos com Programa de Internação Domiciliar, esteve na semana que passou no HGPP de Palmas, prestando seus serviços na preparação final da primeira equipe do pro...

Com o objetivo de promover a desinternação de pacientes estáveis e que não dependam do aparato hospitalar para sua recuperação, além dos que permanecem ocupando leitos aguardando exames mais demorados que requerem agendamento, o HGPP- Hospital Geral Público de Palmas colocou ontem, segunda-feira, 12, a primeira equipe do PID em operação.

“O Programa de Iternação Domiciliar já funciona em outros estados da federação. No Espírito Santo, eu trabalho há 220 km de Vitória, num hospital bem menor que este, com o PID, há seis anos”, informou a doutora Roselene Fraga Loureiro, clínica geral e intensivista que esteve em Palmas na semana que passou, quando concedeu entrevista ao Site Roberta Tum sobre as vantagens do programa que a Sesau começa a implantar no Estado.

A equipe do PID funciona com médico, enfermeiro, psicólogo, fisioterapeuta, motorista, auxiliar administrativo, e tem como suporte caso haja necessidade o auxílio de odontólogo e fonoaudiólogo.

Questionada sobre que casos podem ser tratados através da internação domiciliar, a médica explica: “Cada caso é um caso. São casos que podem ser atendidos com uma visita diária, para aplicação de medicamento, ou em dias alternados, dependendo da situação”, informa Roselene Loureiro.

“O médico assistente vê naquele paciente que está no hospital ocupando um leito sem tanta necessidade,um candidato ao programa, e ele faz a indicação. Daí o médico do PID faz sua avaliação”, explica.

A equipe trabalha com um veículo para transporte dos profissionais e medicamentos prescritos para cada caso. “A média proposta pelo Ministério da Saúde é de uma equipe para cada 100 mil habitantes, fora de regiões metropolitanas. Palmas, como é uma capital, pode vir a ter uma equipe para cada 40 mil habitantes”, disse a médica.

Programa diminui risco de infecção hospitalar

Além de desafogar a demanda por leitos, uma das vantagens do PID é a humanização do atendimento e a diminuição da possibilidade de que um paciente estável venha a adquirir uma infecção hospitalar. “A gente sabe que ambiente de hospital é um local onde há a presença de bactérias, e que quanto menos tempo dentro de hospital, melhor”, argumenta Roselene.

A primeira equipe, que começou a trabalhar na segunda-feira, 12, terá a princípio 20 pacientes candidatos ao programa para atender. “É importante lembrar que todo paciente candidato a este programa deverá ter em casa um cuidador, para acompanhá-lo. O Estado não inscreverá neste programa pessoas que morem só. Da mesma forma, não é um programa voltado para crianças, mas para adultos”, finalizou.

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