Programa eleitoral: além da emoção e dos falsetes, chega a hora de falar sério

Primeira semana dos programas eleitorais no horário gratuito de TV mostrou um Marcelo sintonizado com a emoção das ruas e um Sandoval novo, se apresentando e buscando identidade com o eleitor...

Miranda grava programa eleitoral
Descrição: Miranda grava programa eleitoral Crédito: Divulgação

Estamos entrando nesta segunda-feira, 25, na segunda semana dos programas eleitorais do horário gratuito da TV.

 

Superada a primeira fase, da apresentação dos candidatos, suas famílias, sua história de vida, a campanha chega naquele ponto em que nem só de visual bonito, painéis e imagens de obras se faz um programa de TV. Ou nem só de emoção, embora ela seja fundamental numa campanha.

 

A primeira semana mostrou que a equipe de TV do candidato Marcelo Miranda acertou ao captar o sentimento que vai nas ruas, que é de resgate do ex-governador, ao utilizar letra e melodia de Paulo Vieira, na voz dele mesmo e de Mônica Soares, no programa. “É amor de mais, Marcelo Miranda, esse é seu povo...” já virou hit.

 

Também na primeira semana a equipe Duda Mendonça/ Public, se incumbiu de apresentar Sandoval Cardoso: sua família, sua história de vida pessoal, passando por cima de como ele conseguiu saltar de deputado estadual para governador de Estado. 

 

O argumento mais repetido é de que o governador em 4 meses fez muito: 200 frentes de obras. Diga-se: obras que já estavam em andamento no governo Siqueira/Eduardo, sob a batuta de Kaká Nogueira, ex-presidente da Agetrans e primo de Sandoval, que agora coordena a campanha. É a lama asfáltica tão criticada pela má qualidade nos pequenos municípios, a recuperação de vias rurais e as obras de pavimentação que o governo levou três anos para iniciar.

 

Mas Miranda também começa a enfrentar seus desafios esta semana. Quanto mais alto se surfa nas pesquisas de intenção de voto, assim tão distante do dia das eleições, maior o desafio para manter esta chama acesa: a da perspectiva de vitória, da esperança.

 

Em terceiro, o senador Ataídes Oliveira busca encontrar seu espaço no debate eleitoral que se instalou. Começou mais genérico, mas partiu para criticar de A a Z no cenário político nos últimos dias. Nesta linha parece apostar, assim como seu candidato a senador, no voto de protesto.

 

Os dois candidatos que disputam neste momento a maior fatia do eleitorado começam esta semana a virar a página e entrar no que o eleitor mais antenado quer e precisa saber: qual o real diagnóstico do Estado? Como cada um pretende equilibrar receita, despesas e custo da dívida? Quais as propostas concretas para o tripé básico de toda gestão pública: Saúde, Segurança e Educação?

 

Vencido o primeiro momento, é preciso falar sério sobre os problemas do Estado. Mas apontando suas possíveis soluções.

 

É o que se espera.

 

 

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