Programas engrenam de vez nesta sexta: discurso paz e amor deve mudar...

Os programas eleitorais que começaram na última quarta-feira com a apresentação dos candidatos a prefeito da capital trouxeram alta qualidade técnica, e um discurso leve. Ninguém se atacou. Semana que vem isso deve mudar

Programas foram ao ar nesta quarta
Descrição: Programas foram ao ar nesta quarta Crédito: Print

Depois de um longo e tenebroso inverno (três dias lutando para resolver problemas na programação que estavam dificultando o acesso a este Portal), volto a escrever para avaliar -  ainda em tempo -  os primeiros programas eleitorais que foram ao ar esta semana em Palmas.

 

A avaliação de quem foi melhor ou pior, deixo para cada leitor/eleitor decidir. Cada um afinal, vê com os olhos que tem, não é mesmo?

 

Prefiro fazer a análise técnica e de linha adotada por cada um dos três candidatos que se mostram viáveis nesta eleição: Marcelo Lélis, Luana Ribeiro e Carlos Amastha. Este terceiro no meu entendimento, é a grande novidade desta eleição. Ninguém dava nada por ele, e achavam que ele não passaria dos 2 a 3 %. Por pior que sejam os resultados de cada pesquisa divulgada a cada semana, em diferentes institutos ele vem obtendo números que o credenciam a dizer que está na disputa.

 

Tecnicamente, as três equipes de publicidade e marketing que atende os candidatos mostra que sabe o que está fazendo. Todos apostaram em jingles com apelo emocional. Todos fizeram excelentes gravações, com depoimentos apresentando seus candidatos. Alguns focando mais na família que outros.

 

Na linha adotada, algumas diferenças de concepção. Marcelo Lélis que tem o maior tempo de TV aposta na tese de que é o melhor preparado para administrar a cidade, e foca na sua caminhada até aqui, persistente, em busca de ser prefeito da capital. Tem história e serviço prestado, e mostrou isso de cara no primeiro programa.

 

Luana Ribeiro tem o apoio do prefeito Raul, embora este esteja estrategicamente ausente neste momento da campanha. Cabe a ela ser a herdeira dos bônus administrativos que a gestão petista conquistou nos últimos anos. Em seu primeiro comício ela deixou claro que apoia a gestão do prefeito e que quer continua-la. Seu pai, o senador João Ribeiro foi ainda mais claro: “o que for bom nós vamos manter, o que não for, a Luana vai melhorar”.

 

Carlos Amastha, do PP, vem com o discurso mais leve e ao mesmo tempo mais agressivo. “Eu sou a única opção que realmente representa mudança. Não estou ligado a nenhum grupo, não devo nada a ninguém no meio político. É de dar pena a forma como esta cidade está abandonada”, diz ele, que esteve esta semana no Portal T1, e concedeu a primeira entrevista da série que faremos com os candidatos a prefeito da capital.

 

Campanha para valer

 

Passada a semana de estréia e o discurso água com açúcar dos primeiros programas, podemos esperar para a os próximos dias o fim da fase “paz e amor”. Quem está na frente vai começar a sofrer ataques, quem está atrás vai ficar mais agressivo no discurso para tentar subir na preferencia do eleitorado palmense.

 

Este é o script, não tenham dúvidas. O palanque eletrônico, mais dos que os comícios de rua, vão influenciar muito nesta eleição. É aí, que além do produto fazer diferença (se é bom ou se é ruim o candidato e o que ele propõe), o que vai pesar muito será o toque dos mágicos. Os marqueteiros, que já definidos, terão papel importante em escolher a forma de mostrar quem é quem.

 

Assistam e opinem livremente em quem – pelo menos para você -  está melhor na fita.

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