O Governo do Tocantins protocolou na tarde desta terça-feira, 3, na Assembleia Legislativa, um Projeto que possibilitará a promoção de até 310 policiais militares. A medida prevê a criação de 200 vagas de terceiro sargento e 70 de segundo sargento – há possibilidade ainda de promoção de 40 militares ao cargo de segundo tenente. A proposta altera a lei 1.676, de 3 de abril de 2006, que dispõe sobre o efetivo e os subsídios da Polícia Militar.
O projeto foi formalizado após audiências com profissionais de diversos segmentos da sociedade, além dos membros da categoria tanto da ativa quanto da reserva. “Trata-se de um projeto que visa modernizar a estrutura da corporação. É uma medida baseada no diálogo com o objetivo de recompor e reestruturar a PM. Precisamos ter uma polícia reorganizada e, dessa forma, teremos uma instituição nos mesmos moldes das PM’s de todo o país”, disse o Governador Siqueira Campos.
Para o governador, ao propor a reorganização da Polícia Militar do Tocantins, a medida pretende promover reforço no combate ao crime. “Não podemos perder o jogo para o crime. Com uma Polícia Militar organizada e estruturada em suas funções poderemos combater com maior eficácia o crime no Estado.”
O Governador Siqueira Campos fez questão de ressaltar ainda que se mostrou satisfeito com o apoio da força policial em atividade na construção da proposta. “Essa proposta foi remetida aos profissionais e enviamos à Assembleia Legislativa a formalização com a esperança de aceitação e a convicção que foi feita com o intuito de melhorar o trabalho dos valorosos homens e mulheres de nossa instituição”, afirmou.
Projeto causa polêmica
Na sessão desta terça, 3, na Assembleia Legislativa o deputado Wanderlei Barbosa (PSB) durante pronunciamento na tribuna questionou a aplicação do projeto em questão. Segundo o deputado, ele “teme que aconteça o mesmo que aconteceu com as mudanças na Saúde”.
Na ocasião, o deputado Sargento Aragão (PPS) revidou e diante da crítica levantou-se de seu lugar demonstrando irritação. “Vossa excelência já fez parte do governo”, gritou Aragão enquanto deixava o plenário. Wanderlei por sua vez, após o ocorrido justificou: “Parece que os policiais são contrários às mudanças e a PM não é minha e também não é do Aragão”, afirmou.
Reuniões
O deputado Aragão que é tido como representante da categoria na Casa de Leis tem se reunido com associações para debater as propostas de alterações. Nesta terça, 3, Aragão se reuniu com representantes de associações militares de Palmas e do interior do estado, na Assembleia .
Esta foi a terceira reunião para discutir o assunto, já que a primeira aconteceu na sexta-feira, 30 de março, na sede da Associação dos Militares da Reserva, Reformados e Pensionistas do Estado do Tocantins (Asmir), e a segunda foi realizada na segunda-feira, 02, na sede da Associação de Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar do Estado do Tocantins (Asspemeto).
De acordo com o deputado Sargento Aragão, o objetivo é discutir cada artigo do projeto com as entidades para propor alterações que atendam ao anseio da tropa. (Com informações da Secom)
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