O promotor de Justiça, Luiz Francisco de Oliveira, entrou em contato com o Site Roberta Tum no final da tarde desta sexta-feira, 11, para se manifestar sobre o posicionamento do presidente da Câmara de Vereadores de Dianópolis, Osvaldo Baratins (PMDB), que afirmou que vai processá-lo bem como o delegado, Guilherme Martins, por falta de ética. Baratins foi indiciado juntamente com outros oito vereadores e duas servidoras da Câmara por concessão e uso indevido de diárias.
Segundo o promotor, que concordou com o delegado, a atitude se caracteriza como um ato desesperado do parlamentar. “Esse tipo de atitude demonstra desespero e mostra que o trabalho da polícia, que foi todo acompanhado pelo MPE, foi bem feito. Tudo o que foi falado foi comprovado. O objetivo desse parlamentar é desviar o foco”, declarou.
Ainda segundo o promotor deve-se deixar claro que o que está sendo levado em conta não é o uso das diárias, mas o uso indevido do benefício. “O uso de diária não é crime, o que está sendo apontado é o mau uso das mesmas. E a investigação foi tão bem feita que no início estavam sendo investigados cinco vereadores, ao fim do inquérito foram indiciados todos os nove parlamentares”, destacou.
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Quanto a acusação de Baratins, que o delegado e o promotor teria faltado com a ética, Luiz Francisco fez questão de destacar que a situação é merecedora de publicidade tendo em vista que envolve dinheiro público. “Isso envolve dinheiro público, a população tem que saber o que está se passando”, afirmou.
Participação de Hágaus
Questionado sobre a participação do vereador Hágaus Neto (PSD), autor da denúncia, e que acabou também sendo indiciado, o promotor informou que o vereador recebeu diária informando que estava em viagem a Palmas, mas provas demonstram que ele não saiu de Dianópolis.
“Ele recebeu para ir a Palmas, mas no mesmo dia ele participou de sessão, assinou ata, fez uso da palavra e isso tudo pode ser comprovado. Como uma pessoa está em dois lugares ao mesmo tempo? Só que no caso dele, salvo engano, ele fez uso indevido de uma ou duas diárias, o que também não deixa de ser crime”, declarou.
Ainda segundo o promotor, ele deve oferecer a denúncia dentro de dez dias.
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