A conversa decisiva que o procurador Mário Lúcio Avelar teria na última terça-feira com a direção Nacional do PSB para definir os rumos de uma candidatura sua ao governo do TO foi adiada pela segunda vez ontem, quinta-feira, 20.
Segundo apurou o Portal T1 Notícias, de terça-feira a conversa ficou para quinta e de ontem para o dia 28. “Acabou o encanto”, disse ao portal um fervoroso defensor da candidatura de Mário Lúcio no Estado.
A figura que articula e negocia para onde vai o partido é Carlos Siqueira, secretario geral do partido desde que Miguel Arraes era vivo. Curiosamente é o mesmo que em 1999 - após o PSB marchar com Siqueira Campos no pleito de 98 – tomou posição que forçava a saída dos maiores nomes do partido no estado, soba ameaça de expulsão, justamente por não aceitar participação dos filiados no governo de então.
O fato é que o grupo que acredita e constrói uma candidatura de Mário Lúcio no estado já sinaliza um plano B. “O Mário tem prazo largo para se desincompatibilizar, mas a eleição não dá este prazo a ele”, afirma a fonte.
Fortalecendo a alternativa
A resistência da direção nacional do PSB é justamente a necessidade de romper o compromisso já feito por Laurez Moreira no Tocantins, com o grupo governista. E que foca justamente na possibilidade de fazer deputados federais, necessidade básica de todas as legendas de pequeno e médio porte. Com o governo, o prefeito de Gurupi acredita viabilizar Danilo de Melo e Alan Barbiero, dois ex-secretários.
Numa conversa recente com aliados do projeto de criar uma alternativa às forças políticas convencionais, o procurador já havia sinalizado que sem o comando do partido não se arriscaria numa candidatura pelo PSB.
Já Laurez Moreira estaria disposto a dividir o poder: permanecendo no comando da legenda e buscando fazer suas bancadas (a de Gurupi na Assembléia e a sua própria na Câmara em Brasília) e entregando a cabeça de chapa a Mário Lúcio. “Sem o comando é suicídio dele sair pelo PSB. O Palácio tritura a candidatura dele em dois tempos”, disse ao Portal T1 outra fonte, que tem conversado com o procurador.
O fato é que Mário Lúcio parece estar de fato decidido a participar do processo eleitoral do Tocantins este ano. Não numa caminhada solo, mas ao lado de lideranças com expressão suficiente para fazer a diferença no processo e - quem sabe - provocar um segundo turno pela primeira vez na história do Estado.
Nota de correção: O Tocantins viveu uma eleição de dois turnos quando Moisés Avelino disputou o governo contra Moisés Abrão, em 1990. (Atualizada em 23/03/2014)
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