O governador Sandoval Cardoso, sentou-se para negociar a vice-governadoria ontem em Brasília de olho em duas necessidades: acomodar o prefeito Carlos Amastha, do PP, que quer emplacar o jovem Tiago Andrino na vice-governadoria para referendar seu apoio, e aliviar a disputa - que está bem complicada – na chapa dos federais.
O afunilamento das discussões em torno do deputado Eduardo Gomes para o Senado, já abriram uma vaga das oito ocupadas atualmente. Seja ou não referendado pelo grupo, Gomes já anunciou que vai para a disputa.
Convidada há mais de um mês para ser a vice, a professora Dorinha recusou a proposta, e preferiu disputar o mandato. O Democratas, que já sacrificou Oliveira na vice de Siqueira, não poderá ser chamado a dar mais nenhuma outra prova de lealdade.
Foi neste contexto que o nome de Ângelo Agnolin surgiu na discussão, e terminou a noite como o vice de Sandoval.
A indicação de Gomes ao Senado, praticamente amarra Carlos Amastha, com quem o deputado federal tem uma relação de amizade de longa data. Só a ausência de Siqueira na chapa majoritária já atendia uma exigência feita lá atrás pelo prefeito, numa de suas declarações bombásticas.
Acordo com o PP complicado por Botelho
Sem conseguir emplacar Andrino de vice, o prefeito encaminhou a discussão para outro sentido: negociou apoio de diretórios. Dos que Agnolin deixará livres com a desistência, Sandoval vai garantir boa parte para o candidato do prefeito a federal.
Tudo parecia alinhavado ontem, mas o deputado federal Lázaro Botelho resiste à candidatura de Tiago Andrino a federal pelo fato de que entende que os dois perderão a eleição se isso ocorrer. Há lógica no temor de Botelho, já que a chapa ;e pesada.
O entendimento em torno do nome de Agnolin passará pelo teste das próximas 48 horas, as mais difíceis. Além de acomodar Amastha, que ainda pode conseguir emplacar andrino de vice, tudo que é decidido, tem que necessariamente, ter o aval de Siqueira.
É dele, ainda, a prerrogativa de mudar tudo, se quiser.
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