Um movimento para tentar rever alguns pontos do pacotaço de impostos aprovado pelo governo e assim tentar amenizar o resgate sofrido pelos deputados estaduais que os aprovaram já está em curso na Assembléia Legislativa.
Nos bastidores a informação é que quem iniciou o debate e já discute há alguns dias com seus pares uma proposta de descontos no IPVA, a ser transformada em lei, é o deputado Olynhto Neto(PSDB). Na ala dos mais jovens e em primeiro mandato ele foi quem articulou as mudanças que o governo aceitou fazer, na véspera da aprovação do pacote, inclusive a retirada do aumento de energia, provocando a emenda coletiva apresentada.
Nas 24 horas que precederam a votação, foi o deputado, e o colega Eduardo Siqueira Campos os dois únicos a se movimentarem, fazendo contas e alertando para a pancada forte que viria. Menos isolado e com a confiança dos companheiros, além de ter a porta do Palácio Araguaia aberta para discutir posições, Olyntho tentou debater para segurar ao máximo os aumentos, mas o que conseguiu ficou apenas nos bastidores.
Fiel ao grupo que integra, liderado pelo deputado Osires Damaso, o deputado votou pela aprovação do pacote, mas segundo corre, a contragosto.
Segundo o portal apurou, além de Olyntho, os mais reticentes em votar o pacotaço do governo foram os deputados Mauro Carlesse, que vem do meio empresarial e o também araguainense, deputado Jorge Frederico. Os dois também terminaram votando com o grupo. O desgaste que veio depois da votação mostrou que os mais novos estavam certos: o ônus maior tem recaído sobre a Assembéia Legislativa. Vídeos, panfletos circulando nas redes e no WhatsApp, mais o movimento da semana passada na JK, Assembleia e Palácio Araguaia em Palmas serviu para abalar.
Em Araguaína, mais que em Palmas, o movimento de reação popular e da classe empresarial, foi violento em cima dos deputados. Os quatro representantes da cidade vêm sofrendo forte desgaste em virtude dos votos favoráveis ao pacote.
Na sessão desta manhã, o deputado Olyntho Neto adiantou na tribuna, o que chamou de um entendimento entre a maioria dos deputados, que pretende rever além do IPVA, alguns pontos do ICMS. Um dos motivos alegados pelo deputado Olyntho é que os estados vizinhos, onde se tinha expectativa de aumento também de impostos, não o fizeram, tornando as alíquotas do Tocantins as maiores da região, o que traz problemas, evasão de divisas.
O deputado Jorge Frederico, comentando o assunto, reforçou que os deputados devem discutir a questão, mas que a provocação do tema é do colega araguainense.
Se acontecer uma correção em alguns pontos, importantes para aliviar a carga alta que pesou sobre empresas e cidadãos em geral, será a primeira vez, novamente que a Assembléia, nesta legislatura, inova na relação com o governo.
O pedido amargo feito por Marcelo, passou, mas a Casa pode, dentro das suas atribuições corrigir os exageros que não teria permitido acontecer. Caso tivesse demorado pelo menos três dias, debatendo e ouvindo a sociedade.
Se ainda está em tempo e se o grupo terá coragem para fazer, os próximos dias mostrarão.
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