Reportagem da Carta Capital acusa Kátia Abreu de manter latifúndio improdutivo

Na esteira da guerra travada entre a presidente da CNA e o MST - em que a senadora Kátia Abreu (DEM) liderou pedido de CPI para investigar financiamento público para as ações do movimento - a revista Carta Capital traz denúncia contra Kátia na edição...

Autora de uma série de denúncias contra o MST e o governo do PT, a senadora Kátia Abreu (DEM) foi objeto de reportagem da revista Carta Capital que chegou às bancas de todo Brasil neste final de semana, intitulada “Golpe contra camponeses”. A revista investiu numa pauta que tem sido tema do discurso dos parlamentares petistas: o projeto Campos Lindos.

“Eu vou até o fundo deste assunto, em que pequenos produtores foram desalojados de terras onde viviam há mais de 50 anos, para benefício de gente como a senadora”, disse o senador Sadi Cassol (PT), em entrevista ao programa “Na Ponta da Língua”, da 96 FM na semana passada.

História forte

A história do agricultor Juarez Viera Reis, que sustenta ter sido expulso das terras de família, onde vivia até 2003 é objeto da reportagem que acusa Kátia Abreu de deter uma propriedade de 1, 2 mil hectares improdutiva. Segundo as informações levantadas por Leandro Fortes, o ex-governador Siqueira Campos teria desapropriado a área alegando interesse público, e entregado a distribuição de glebas para ser feita pelos critérios da Faet - Federação da Agricultura, na época dirigida pela senadora.

O procurador federal Álvaro Lotufo Manzano também concedeu entrevista à revista Carta Capital onde reafirma os argumentos que o levaram a protocolar um pedido de intervenção federal no Tocantins em virtude da ação de desapropriação de terras e criação do Projeto Agrícola Campos Lindos.

Contradições

O agricultor que se declara de baixa renda admite ter pago na época (em 2000 ) R$ 25 mil por 62 hectares a um vizinho para “aumentar a produção de alimentos”. Segundo narra a reportagem, “ele não sabia” que a área estava desapropriada por decreto desde 1996. Reis declarou à Carta Capital que as terras eram uma posse de família, mas entrou com uma ação de usucapião apenas em 2000, portanto, quatro anos após o decreto de desapropriação.

OSite Roberta Tum procurou a assessoria da senadora Kátia Abreu (DEM) para ouvi-la e ainda aguarda retorno.

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