Resgate não consegue retirar caminhão com gado morto

Uma equipe composta por mais de dez homens e quatro caminhões guincho de Paraíso trabalhou durante toda a tarde até a madrugada desta segunda-feira, 04, no Mirante da Serra de Taquaruçu, sem conseguir resgatar a carreta que caiu carregada com 74 cabe...

Policiais militares, uma equipe do Corpo de Bombeiros, e uma viatura da ATTM isolaram a área e acompanharam durante toda a tarde de ontem, domingo, 3, o trabalho de resgate iniciado por uma equipe de quatro caminhões guincho contratada pelos proprietários da carreta, Júnior Lourenço e Alex Venâncio para retirar os destroços da carroceria, e o gado morto que ainda se encontra no talude da serra de Taquaruçu, ao lado do Mirante.

“O trabalho deles foi até as 3hs da manhã, e com a nossa ajuda, deu para cortar parte da carroceria, e retirar um bezerro vivo, e outro morto, mas foi só”, adiantou o cabo do Corpo de Bombeiros. A situação no local é difícil dado o mau cheiro que só aumentou com a movimentação do gado morto. “Hoje eu não aconselho ninguém a subir, por que a situação lá ficou feia”, disse CB Bismarco.

O acidente

O caminhão saiu de Santa Tereza, com destino a Xambioá na sexta-feira, 1 pela manhã. Embora não haja clareza dos motivos do acidente, o motorista Joaquim Pedro de Souza, conhecido como “coisa preta”, disse ao Site que os freios não funcionaram. Com o caminhão engatado, e buzinando para alertar as pessoas, ele não forçou a carreta a fazer a curva – bastante fechada na altura do Mirante - e evitou que ela capotasse nas pista. “Pulei na última hora, quando já não tinha mais o que fazer”, disse ele.

Segundo um dos proprietários da carreta, Júnior Lourenço, apenas o “cavalinho” tem seguro, a carroceria, não. “Ficamos esperando a seguradora para mexer. Em Palmas não conseguimos ninguém para fazer o resgate, tentamos trazer um guindaste de Goiânia, mas a burocracia é muito grande, e não conseguimos”, adiantou ele. Segundo Júnior Lourenço, o pessoal do Corpo de Bombeiros orientou-os a não abrir a carroceria para retirar o gado vivo, e o morto, pelo risco de contaminação do córrego Taquaruçuzinho, que corre logo abaixo.

“Quando terminar de puxar, vem uma empresa de lixo recolher as carcaças”, adiantou o empresário que teve um prejuízo de no mínimo R$ 50 mil, que não será coberto pelo seguro. “Um frete destes rende uns R$ 2.500,00. A carga vale elo menos R$ 50 mil, e não tem seguro, por que é carga viva”, explicou. Nesta segunda-feira, 4, quarto dia em que a maioria das 74 cabeças já está em estado de putrefação, os trabalhos continuam na área de acesso à cachoeira Rocandeira.

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