Resquícios de uma eleição sombreando a Câmara

Os próximos dias podem ser de tensão entre o prefeito Carlos Amastha e sua base, ou os vereadores que ele supõe estarem acordados na governabilidade, dentro da Câmara de Palmas.

 

Explico: é que o grupo dos seis, que formou bloco independente ainda não engoliu a derrota de Jucelino Rodrigues, imposta, antes de mais nada – avaliam -  pelo rompimento do núcleo dos quatro que perderam a prévia e migraram para compor com a oposição.

 

A quebra do compromisso, entre políticos, significa apenas uma coisa: que naquele que rompe não se pode mais confiar para outro acordo.

 

E é por isso que formado o bloco, os vereadores remanescentes, aos quais agregou-se o petista Waldson da Agesp, agora quer mais do que conversa: quer participação no governo para ter certeza de que será tratado como base.

 

O risco é somarem os seus votos aos seis da oposição ao prefeito Amastha já logo nos primeiros meses da gestão.

 

Nos bastidores e até diante da imprensa, o prefeito demonstra não estar muito preocupado, mas pode mudar de disposição logo. É que a Câmara está eleita, e nova eleição só daqui há quatro anos. Até lá, cada um vai votar como entender que é certo, que é justo, ou que é favorável aos seus interesses.

 

Alguns vereadores do grupo já teriam identificado movimentações de Tiago Andrino para tentar resolver o impasse negociando a tal participação individualmente e não com o grupo. Pode não dar certo a estratégia.

 

De outro lado, o PR espera ser atendido na indicação da secretaria que Amastha adiou para amanhã, terça-feira.

 

Fora do jogo político enquanto cuida da saúde, o senador João Ribeiro já teria deixado claro ao prefeito que para ajudar Palmas, não precisa de nada. Mas par que Amastha tenha os votos dos vereadores do PR deve se acertar com eles.

 

De novo, vai valer a habilidade. A que faltou para contornar a cisão no grupo “da base” na eleição da Câmara, não pode faltar ao pelotão de frente do prefeito agora.

 

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