Enquanto pega fogo a discussão em torno das Eleições Indiretas, nas quais o governo tem a faca e o queijo na mão para confirmar outro governista na sucessão de Siqueira Campos no próximo dia 4, os principais articuladores das alianças em torno da oposição não descansam.
Nos bastidores é cada vez mais forte a impressão de que Ronaldo Dimas não forçará o PR a embarcar na candidatura do governo. Interlocutores do partido afirmam que Dimas quer se consolidar como líder de um PR que tenha futuro, para além das eleições.
Por isso o discurso de que vai ouvir todo o partido para tomar uma decisão que não é só sua.
Nesta hora, contam duas coisas: com quem o PR terá estrutura para buscar os votos para os seus proporcionais (e nisso o governo leva vantagem) e com que o povo quer votar nesta eleição (ou para onde está a tendência de migração do eleitorado).
É por isso que o partido não trabalha apenas com a opção palaciana.
Entrou na parada e com boas chances de garantir o apoio do PR e especialmente de Dimas, o empresário Roberto Pires. A proximidade entre os dois é grande, são amigos de outras épocas, e Pires já ajudou Ronaldo em outras eleições.
O povo de Araguaína por sua vez, se sente órfão com a perda de João Ribeiro e as lideranças políticas têm visto com entusiasmo a possibilidade de votar em alguém “de Araguaína” para o governo ou Senado. Robertinho, como se sabe, atende o quesito.
E ainda há uma boa chance de que num pacote PP e PR, Dimas pavimente seu grande sonho, que é viabilizar uma candidatura futura ao governo também, selando uma aliança com Valderez e Lázaro, adversários até então.
Se garantir o PR, o PP pode seguir a costura com o PT – a quem vai apoiar no Piauí em troca do Tocantins – e deixar o PMDB lá para adiante, pós confusão da convenção.
Como se vê, definições nesta eleição, ainda demoram. E o cenário está aberto ainda a muitas evoluções.
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