Secretário diz que Pró-Saúde faz pressão e nega falta de medicamentos em hospitais: "não vamos deixar faltar nada"

Em entrevista, o secretário da Saúde, Nicolau Esteves, negou que nos hospitais públicos do Estado esteja ocorrendo falta de medicamentos e alimentos. Segundo o secretário, o Estado está preparado para a compra de insumos e suprimentos de emergência, ...

Durante o Seminário de Municipalização, Regionalização e Redes de Saúde, o secretário da Saúde, Nicolau Esteves, negou na manhã desta quarta-feira, 23, que esteja faltando medicamentos e alimentos em hospitais públicos do Estado, em decorrência da saída da Pró-Saúde da gestão das unidades. “Não está faltando. Tem remédio e tem comida”, afirmou o secretário.

 De acordo com Esteves, o Estado está preparado e não vai deixar faltar nada durante a transição da gestão dos hospitais. “Estamos extremamente preparados para a compra de insumos e suprimentos de emergência. Estamos procurando fazer a transição da melhor maneira possível. Não vamos deixar faltar nada”, garantiu.

Falta de medicamentos

Segundo o secretário, o que pode estar ocorrendo em alguns hospitais é a substituição de medicamentos por similares. “Os medicamentos de urgência e emergência não faltam. O que ocorre são substituições, por exemplo, uma dipirona por uma novalgina”, explicou o secretário, que disse, ainda, que o que pode estar ocorrendo a falta de medicamentos isolados, que não seriam de responsabilidade da gestão. "Podem estar faltando medicamentos isolados, mas o remédio para dor não falta", declarou.

Conforme o secretário, a compra de medicamentos será feita quando o estoque chegar ao mínimo. “Nós temos o estoque mínimo, médio e máximo. Quando se chegar ao estoque mínimo nós vamos fazer a compra, mas não vai faltar medicamento”, reafirmou.

Transição

O secretário disse ainda que o Governo negocia com a Pró-Saúde e ressaltou que a instituição irá receber o que legalmente lhe é devido. “De forma nenhuma há negativa em pagar. Se o poder público contratou, será cumprido”, afirmou o secretário, que disse que a instituição "esta fazendo pressão, buscando aquilo que acha que tem direito".

De acordo com Esteves ele se reuniu ontem com os gestores da Pró-Saúde para acertar uma transição tranquila da gestão dos hospitais. “É o que nós queremos e a Pró-Saúde também, porque todos somos pessoas responsáveis”, destacou. Sobre um prazo para a saída da instituição, o secretário disse que deve ocorrer o mais breve possível.

Seminário

O secretário esteve presente no Seminário de Municipalização, Regionalização e Redes de Saúde que visa fortalecer a nova linha de gestão da Saúde no Tocantins, com o foco em planejamento.

A temática do evento é fortalecer a saúde na gestão municipal, apoiando os gestores na adoção de iniciativas inovadoras, como consórcios de saúde.

Em recente viagem ao Estado de Minas Gerais, a comitiva da Sesau conheceu o trabalho da Acispes - Agência de Cooperação Intermunicipal em Saúde Pé da Serra, um consórcio de municípios das microrregiões de Juiz de Fora e Santos Dumont (distante 40 km de Juiz de Fora), incluindo algumas cidades limítrofes com o Rio de Janeiro, voltado para a consulta e exames de média complexidade.

A experiência de Minas com consórcios teve origem há 16 anos. Nesse período, o Estado se destacou no país pelos resultados obtidos na melhoria da saúde. Como a Acispes, de acordo com dados do Datasus de 2009, o país já contava com 183 consórcios na área da Saúde, em 13 estados. Minas Gerais na época já contava com 68 - 18 de natureza pública. (Com informações da Sesau)

 

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