Seduc discute implantação de Ensino de Tempo Integral nas escolas da zona rural

A ideia é levar o ensino de tempo integral aos alunos, aliando a matriz curricular convencional, com aulas diversificadas e práticas. Nessas escolas as aulas serão oferecidas no sistema misto (presencial e não-presencial)....

Na tarde desta quinta-feira, 12, foi dado mais um passo na implantação de um modelo inovador na educação no campo. A ideia é levar o ensino de tempo integral aos alunos, aliando a matriz curricular convencional, com aulas diversificadas e práticas. Nesta reunião, o foco foi discutir meios de fomentar a produção rural familiar levando aos estudantes conhecimentos que poderão aplicar nas comunidades em que vivem e junto à própria família.

Nessa nova proposta, o conteúdo específico da área rural seria aplicado em áreas teóricas e práticas ministradas por monitores. “A secretaria de Agricultura vai trabalhar a orientação dos técnicos e monitores contratados, em parceria também com a Unitins e com o Ruraltins, capacitando e fornecendo o máximo possível de informações que possam ser repassadas aos alunos”, explicou o secretário executivo da Seagro, Ruiter de Pádua.

Ensino de Tempo Integral no Campo

Nessas escolas as aulas serão oferecidas no sistema misto (presencial e não-presencial). Os estudantes permanecerão na unidade escolar durante seis horas e meia, de segunda à sexta, ficando a semana letiva dividida em dois dias de atividade na escola, um dia de atividade em casa e mais dois dias na escola.

Ainda de acordo com a proposta, o método a ser implantado vai depender das particularidades de cada região. Uma das opções é a implantação de 48 Escolas Núcleo de Tempo Integral, com capacidade para atender aproximadamente 9 mil estudantes. “A gente sempre pensa em educação no campo trabalhada apenas em pequenos grupos, de maneira restrita, e o momento é de repensar como trabalhar esse novo modelo que envolverá todo o Estado. Trata-se de uma proposta desafiadora, mas certamente teremos resultados positivos com a implantação desse projeto”, afirmou a diretora de extensão da Unitins, Sônia Maria de Souza Ribeiro.

O modelo tem na matriz curricular, além das disciplinas convencionais, como português e matemática, a parte diversificada, com ensino da música, informática, xadrez e outros. Os estudantes terão ainda aulas teóricas e práticas voltadas para a bovinocultura, fruticultura, piscicultura, ovinocultura, horticultura, agroecologia, agrotecnologia e outras áreas afins, valorizando os saberes da terra.

“Esse modelo já foi adotado em outros Estados e até fora do país, e visa melhorar o rendimento dos estudantes da zona rural, com um currículo diferenciado e que leve em conta as diferenças entre alunos do campo e da cidade, mas oferecendo a eles a opção de permanecer no campo ou ir para a cidade, tendo para qualquer que seja a escolha uma boa preparação para o mercado de trabalho”, explicou o secretário de Educação, Danilo de Melo que sugeriu também a implantação de unidades de ensino itinerantes como o Ônibus Escola e o Barco Escola, levando o conhecimento às áreas de difícil acesso.

Tecnologia e reconhecimento

A nova proposta prevê ainda a entrega de milhares de computadores portáteis para os estudantes do campo. As máquinas, que já foram adquiridas pelo Governo do Estado, além de serem utilizadas para o acesso à internet, quando isso for possível, servirão ainda como uma biblioteca portátil, onde serão armazenados todos os conteúdos estudados.

Também deve ser criado um mecanismo para premiar as melhores ações, os melhores profissionais e alunos, que se doaram em atividades enriquecedoras ajudando no sucesso da implantação desse novo modelo de ensino.

Participaram da reunião representantes das secretarias estaduais da Agricultura, Ciência e Tecnologia, Educação e da Unitins. O próximo encontro está marcado para o dia 25 deste mês, às 15 horas, na sala de reuniões da Seduc. (Da assessoria)

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