A semana que começa tem uma data limite para deputados – e todos aqueles que não são prefeitos ou vereadores – aproveitarem a janela para mudar de partido: sexta-feira, 18.
Até lá, algumas incógnitas devem ser respondidas. É o caso de Mauro Carlesse, que está no PTB e pode ir para o PV ou PHS, para disputar eleição em Gurupi este ano. Eduardo Siqueira, que afirmou ao T1 Notícias que não mudaria de partido agora, mas divulgou convite para ingressar no Democratas semana passada.
Mas a mudança de maior impacto, por envolver um suplente de deputado federal, com histórico longo no PMDB, deve ser mesmo a de Jr. Coimbra, que disse ao T1 Notícias na semana passada, estar de malas prontas para deixar o PMDB e estudando convites de alguns partidos.
Não se pode dizer que Coimbra não tenha tentado ficar no PMDB e contornar seu problema com Marcelo Miranda - que vem da pré-campanha, quando tentou ele mesmo disputar o governo, e fechar a legenda para o então 
ex-governador e pré-candidato - mas segundo contam fontes do partido, a mágoa de Miranda falou mais alto.
Alguns articuladores próximos a Marcelo tentaram resolver o problema da Educação - onde o secretário Adão Francisco agoniza – chegaram a sugerir o nome da deputada federal Josi Nunes para assumir a pasta. A deputada, que representaria uma solução técnica e política para a pasta, teria declinado, nos bastidores de aceitar a indicação e sugerido outro nome, técnico, ligado ao seu grupo.
Com a opção de fazer outra mexida no cenário, Miranda teria resistido a abrir vaga para Júnior Coimbra assumir. Todas as soluções alternativas passariam por uma proposta para que o deputado, hoje ocupando cargo federal, declinasse de assumir. Assim, abriria vaga para que Freire Jr, atualmente no PV, ocupasse o mandato, como suplente. Freire Jr. ao que parece, já deu suas explicações ao PV e sai de bem com Marcelo Lelis, rumo ao PMDB, onde tem histórico, tendo inclusive disputado o governo contra o próprio Miranda. Com uma mexida destas, o governador não prejudicaria a composição numérica do partido na Câmara, caso mais tarde decida puxar uma das deputadas federais que tem, para sua equipe.
Acertando com Irajá
Sem acordo com Miranda, dizem os próximos a Coimbra, lhe restou conversar com Irajá Abreu, presidente do PSD. Eleitos na mesma coligação, apesar das diferenças que envolveram o embate na legenda entre Coimbra e Gaguim com Marcelo e a senadora Kátia Abreu, o suplente pode vir a substituir o deputado Irajá. Para isto, o acordo perfeito é que o suplente seja do mesmo partido que o titular.
Na prática, a consequência disto é ver Coimbra fora do PMDB e fazendo política no mesmo grupo da senadora, hoje ministra. Grupo que tem no deputado Carlos Gaguim outro grande articulador. Como se sabe, Gaguim e Coimbra fazem política juntos desde que o primeiro elegeu-se governador tampão, deixando o segundo na presidência da Assembleia, em 2009.
Nos bastidores fala-se num acordo que permitirá que Coimbra assuma duas vezes o mandato, uma na vacância de cada um dos deputados titulares.
Com essa informação, a semana começa quente. Mas nada impede que outras mexidas ainda aconteçam até a sexta-feira final.
Comentários (0)