O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Tocantins - Sintras, Manoel Pereira de Miranda, informou ao Site Roberta Tum que os profissionais de saúde de Gurupi entrarão em greve na próxima terça-feira, 10, se o governo não entrar em acordo com relação a implantação do Plano de Cargos Carreira e Vencimentos- PCCV.
“Nesta segunda estaremos publicando no site do Sintras o edital de greve. O governo já está ciente da nossa posição e até agora nada foi feito. Na terça, ás 17h30 iremos fazer uma nova assembleia para marcar quando o greve vai começar”, informou.
Miranda explicou ainda que o Sindicato têm trabalhado com uma possível negociação há mais de um ano e que a classe já “está cansada do descaso”. “Já tem cinco meses que o projeto de PCCV está na Secretaria de Finanças. Estamos prontos para negociar, mas a gestão está fazendo pouco caso porque não está preocupada com a saúde pública nem com a população”, declarou.
O presidente informou também que se a categoria entrar em greve somente 30% dos Pronto Atendimentos estarão funcionando. “Os profissionais só atenderão em caráter de urgência e emergência”, ressaltou.
Sem entendimento
No último dia 3, servidores da saúde participaram com o prefeito Abdalla de uma Assembleia Geral para discutir a implantação do PCCV .
Sem chegar a um consenso sobre quando o Plano será aprovado uma nova Assembleia foi marcada para esta terça-feira,10. Para o presidente do Sintras, Manoel Miranda, os servidores poderão entrar em greve se não chegar a uma decisão. “A greve só vai acontecer quando não se tiver mais diálogo. E o prefeito, ao que parece, não está tendo compromisso com a categoria”, explicou.
Ao final da Assembleia, os participantes saíram em caminhada pelas principais avenidas de Gurupi até a Câmara Municipal. O intuito era alertar o executivo municipal para valorização dos servidores públicos no que diz respeito à regulamentação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV).
Na Câmara, os servidores foram recebidos pelos vereadores Kita Maciel (PMDB) e Cabo Carlos (PT). À noite, durante sessão extraordinária, os legisladores Kita Maciel (PMDB), Maurício Nauar Chaves (PR), Cabo Carlos (PT) manifestaram apoio na aprovação do Plano e afirmaram que o presidente pode contar com eles, e que o PCCV ainda só não foi aprovado porque o projeto não chegou à casa de leis.
Falta de recurso
No início desta semana, o presidente explicou que a lei foi aprovada em 2007 pela Câmara e sancionada pelo prefeito Alexandre Abdala (PR), mas que não foi implantada por alegação de não ter tabelas que contemplassem os valores de salário e progressão da categoria. “A justificativa tem sido que falta dinheiro, mas há muitos contratos na prefeitura desnecessários. É um absurdo um médico em Gurupi trabalhar 20 horas e receber salário básico de R$ 900,00 reais”, declarou na ocasião.
Também na semana passada, o procurador Geral do Município, Rogério Bezerra Lopes, informou que o Projeto de Lei já foi analisado, mas que o fator que impediu a implantação do PCCV foi a parte financeira. A equipe do Site RT está tentando contato com a Secretaria de Finanças do município para obter mais esclarecimentos. (Atualizada às 09h46)
Comentários (0)