Sem pagamento, fornecedores suspendem vendas de medicamentos para hospitais: Sesau solicitou que Pró-saúde apresente demandas

O diretor operacional da Pró-saúde no Tocantins, Marcus Wachter, informou ao Site Roberta Tum que após o rompimento do contrato entre o governo e a Organização Social vários fornecedores suspenderam as vendas para os hospitais. Com a suspensão, segu...

Após o rompimento do contrato entre o Governo do Estado e a Pró-saúde, vários fornecedores suspenderam as vendas para os hospitais. A informação foi repassada ao Site RT nesta terça-feira, 22, pelo diretor operacional da Pró-saúde no Tocantins, Marcus Henrique Wachter. Com a suspensão das vendas por parte dos fornecedores, segundo informou o diretor, a OS tem enfrentado dificuldades, sobretudo no Hospital Geral Público de Palmas (HGPP), para manter os serviços, comprar materiais, medicamentos e até itens essenciais à alimentação de servidores e pacientes.

“Nós temos uma compra em estoque para dois meses em todos os hospitais, mas muitos itens como medicamentos específicos para determinados pacientes, alguns materiais e principalmente alimentos que são perecíveis estamos tendo dificuldades para comprar, pois esse produtos são comprados de forma gradativa e devido ao não pagamento os fornecedores estão deixando de vender”, informou.

Falta de alimentos

Questionado sobre quais itens na área de alimentação estão faltando no HGPP, Wachter informou que não houve, até o momento, a suspensão de refeições por falta de nenhum item, mas admitiu que devido a dificuldade de compra alguns produtos vem sendo substituídos por outros. “Não houve a suspensão de refeição no HGPP, mas devido a falta dos repasses nós estamos substituindo alguns produtos. O arroz, por exemplo, foi substituído pelo cuscuz e em outros casos estamos fazendo o remanejamento de produtos de um hospital para outro, mas isso só aconteceu na alimentação dos servidores, a dos pacientes estamos mantendo normalmente”, declarou.

Valores não repassados

De acordo com as informações repassadas pelo diretor, o Estado há dois meses não vem repassando a OS os valores estabelecidos no contrato e nem o pagamento dos serviços extras e excepcionais. “Nossa dificuldade em manter os trabalhos é devido ao atraso nos repasses, pois dos 16 milhões e 750 mil previstos mensalmente, apenas 13 milhões estão sendo repassados. Já em relação aos serviços excepcionais como contrato de UTI aérea, pagamento de servidores que receberiam pelo Estado, dentre outros itens, os valores que deixaram de ser repassados somam mais de 6 milhões e sem esses recursos os serviços ficam comprometidos em todos os hospitais”, afirmou.

Sesau toma providências

Segundo informações repassadas pelo diretor, a Secretaria de Estado da Saúde encaminhou na tarde dessa segunda-feira, 21, um ofício para a diretoria da Pró-saúde solicitando da Organização informações sobre as demandas para que as providências sejam tomadas. “Recebemos ontem, um ofício da Sesau pedindo para encaminharmos a relação do que está precisando para haja continuidade dos serviços e vamos fazer isso hoje, pois também é de nosso interesse prestar um trabalho satisfatório a comunidade”, disse.

Transferência da gestão

Sobre a transferência da gestão dos 17 hospitais hoje gerenciados pela Pró-saúde e que serão retomados pelo Estado, Wachter informou que, até o momento, o Estado não se pronunciou sobre o processo de transição. “Não recebemos nada do Governo até agora, não fomos notificados e nem recebemos um cronograma de como será feita a transição, até por que nós precisamos fazer um levantamento patrimonial, assinar o aviso prévio dos servidores para que o Estado possa contratá-los posteriormente, mas a única informação que temos é que o secretário falou para a imprensa que isso será feito em até 30 dias”, finalizou.

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