Sem receber há três meses, trabalhadores braçais que fazem roçagem de estradas em Abreulândia ameaçam denunciar empresa

Trabalhadores contratados pela empresa Jardim companhia aguardam há três meses pelo pagamento do serviço de roçagem de três estradas do Estado. Segundo informou o vereador da cidade de Abreulândia, Sebastião Nogueira (PTB) caso a empresa não acerte ...

Oito trabalhadores que realizaram a roçagem em três estradas do Estado, estão sem receber o pagamento há três meses. A informação foi passada ao Site Roberta Tum pelo vereador da cidade de Abreulândia, Sebastião Nogueira (PTB), que afirmou que a empresa Jardim Companhia que contratou os trabalhadores deve um mutante de R$ 14.800,00 pelo trabalho de roçagem.

Segundo Nogueira, dos oito contratados apenas três tiveram suas carteiras de trabalho recolhidas, pois segundo o proprietário da empresa, as carteiras seriam assinadas. “O contador da empresa disse que as carteiras já foram dadas baixas, mas até agora elas nunca foram devolvidas para os trabalhadores”, contou o vereador.

Nogueira explicou que não foi assinado nenhum contrato entre a empresa e os trabalhadores, afirmando que a empreitada foi firmada verbalmente. Os trabalhadores iniciaram os serviços de roçagem no mês de setembro, e no inicio de outubro finalizaram o serviço.

Conforme disse Moarci Ribeiro, um dos trabalhares, o proprietário havia garantido que depois de três dias úteis do serviço concluído irá efetuar o pagamento, o que não aconteceu. “A gente não recebeu nenhum auxílio de alimentação, e para nos alimentarmos durante os dias de trabalho, tivemos que abrir uma conta no supermercado da cidade onde estamos com uma divida de mil e duzentos reais”, contou o trabalhador.

Oferta negada

Ainda segundo informações de Nogueira, o mesmo tem acompanhado os trabalhadores até Palmas procurando o dono da empresa para receber o dinheiro. Nogueira contou que já fizeram seis viagens até a capital para procurar o proprietário, mas até agora nada foi definido. Como disse Nogueira, o último encontro que tiveram com o proprietário da empresa, aconteceu na sexta-feira, 24, onde o dono ofereceu seis mil reais. O dinheiro não foi aceito pelos trabalhadores, pois o valor total é de R$ 14.800,00.

Denúncia no MTE

Os trabalhadores afirmam que vão registrar denúncia no Ministério do Trabalho contra a empresa no dia 3 de janeiro, caso o pagamento não seja efetuado antes.. Com a oferta de seis mil reais negada pelos trabalhadores, o proprietário combinou que nesta segunda-feira, 26, iria quitar a dívida, mas segundo Nogueira, o proprietário não estava em sua residência e nem atende os telefonemas. “Viemos atrás dele como combinado, mas ele sumiu. A denuncia no Ministério do Trabalho já está agendado para 3 de janeiro. Vamos esperar até essa data, se ele não pagar o que deve para esses trabalhadores, vamos registrar a denuncia”, disse Nogueira.

Proprietário justifica

Questionado sobre o assunto, o proprietário da empresa Jardim Companhia Jarder Brito falou ao Site Roberta Tum que ainda não recebeu o dinheiro da empresa que terceirizou o serviço, e devido a isso, houve a demora no pagamento para os trabalhadores. Ele explicou que o valor combinado entre os trabalhadores foi de R$ 11.800,00 e não de R$ 14.800,00, valor citado pelo Vereador Sebastião Nogueira. O proprietário disse também que os serviços oferecidos pelos trabalhadores não foi executado completamente.

Brito ressaltou que o serviço foi combinado com os trabalhadores e não com o vereador, afirmando que o mesmo quer se aproveitar do caso para ganhar dinheiro. “Vou repassar esse dinheiro para os trabalhares com quem eu fiz o acordo. O vereador não deixa eu falar com os trabalhadores”, disse Brito. Com relação às carteiras dos trabalhadores, o proprietário disse que em janeiro, assim que o contador voltar do recesso, as carteiras serão dadas baixas e também serão emitidos recibos com os pagamentos.

Brito também foi questionado sobre a empresa  que terceirizou o serviço, mas não quis se estender sobre o assunto indicando apenas a empresa Delta, com responsável pela sub-contratação da roçagem.

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