Siafem aponta que pagamento a Contersa foi feito enquanto Machado estava à frente do governo

Conforme publicação no Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios - Siafem a parcela referente a 12ª medição da obra na TO-239, no valor de R$ 1.432.495,11 foi paga pelo governo no dia 15 de dezembro de 2009 enquanto o go...

Conforme publicação no Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios – Siafem do Estado o valor que corresponde a 12º medição das obras da Rodovia TO 239 foi pago no dia 15 de dezembro do ano passado, quando o vice-governador Eduardo Machado (PDT) estava a frente do governo em virtude de viagem internacional do governador Carlos Gaguim (PMDB).

Gaguim estava em missão oficial para os Estados Unidos, Dinamarca, Índia e Emiados Àrabes Unidos, do dia 8 a 22 de dezembro. Conforme consta no Siafem a nota fiscal 081 referente ao contrato 125/07 da Empresa Contersa Construções, Terraplenagem e Saneamento Ltda foi paga no dia 15 de dezembro pelo Departamento de Estradas e Rodagem do Tocantins – Dertins e lançado no sistema pelo servidor Fernando Alexandre da Mata ás 11h44min.

No sistema consta ainda os dados bancários da empresa que tem como procurador o filho do vice-governador, Eduardo Machado Filho como já foi confirmado pelo governo. O pagamento liberado foi no valor de R$ 1.432.495,11. Estes valores correspondem a 5,59 % do contrato. Segundo o secretário de Infra-estrutura, Rômulo do Carmo, os valores pagos pelo Estado correspondem a obras que já teriam sido realizadas.

Os serviços de terraplanagem, pavimentação asfáltica e obras de arte especiais como pontes e bueiros, na rodovia TO 239 entre as cidades de Presidente Kennedy e Tupirantins estão paralisados a mais de um ano e foi motivo de manifestação da população dos municípios.

O Site Roberta Tum tentou contato com o vice-governador que a partir de hoje está novamente como governador em exercício para falar sobre o assunto, mas não obteve sucesso. No entanto aguardamos resposta sobre o assunto.

A obra

A obra começou em agosto de 2007 e depois de um ano foi paralisada. Segundo a Infra, as perdas com a paralisação não chegam a R$ 3 milhões. O secretário Rômulo do Carmo disse que 25 km do trecho já recebeu terraplanagem. Ao todo são 44,68 km.

Uma comissão foi criada para tratar do assunto e acompanhar a obra. Os deputados estaduais aprovaram nesta quarta, 14, um requerimento pedindo explicações sobre a obra, inclusive cópia de contratos e cronograma de execução.

O Estado pretende retomar as obras em maio depois do período chuvoso. O prazo para conclusão da obra depois de retomadas é de cerca de 700 dias.

No orçamento inicial a obra custaria aos cofres públicos R$ 25.618.264,03, valor que segundo o secretário na data atual já seria acrescido de mais 5%.

Na administração de Marcelo Miranda (PMDB) foram pagos 11 medições da obra, estimados em R$ 14.449.453,12, considerando ainda um reajustamento de R$ 603.544,66. O valor representa 58,8% do que já foi pago.

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