Sinal amarelo: 15 dias para acertar o governo, antes de fevereiro chegar

Pelo que vai nos bastidores, governo precisa ajustar os ponteiros da participação política no governo antes que fevereiro chegue. Ou poderá ter problemas na Assembléia a partir do dia 1o

Amigos, o governo entra na sua terceira semana com muitas situações a acertar.

 

A principal talvez seja ajustar o ânimo dos companheiros. Anunciado o secretariado, vão chegando ao Diário Oficial os nomes dos sub e segundo escalão.

 

E para falar a verdade indigesta, o fato é que sobram problemas onde deveriam estar soluções.

 

Além das questões que já abordei no artigo sobre os siqueiristas no governo, existe muita insatisfação por parte de quem ajudou no projeto do retorno de Marcelo Miranda ao poder. Uma insatisfação, evidente, represada nos bastidores, por dois motivos. Primeiro, por que ninguém quer brigar no começo; Segundo por que ainda há esperança que no andar da carruagem as abóboras se assentem.

 

Mesmo com a maioria dos deputados viajando, os ecos desta insatisfação podem ter seu primeiro sinal quando entrar fevereiro e os eleitos assumirem suas cadeiras na Assembléia Legislativa.

 

Majoritários sem prestígio

 

A reclamação que cresce igual fogo de monturo nos bastidores é de que os deputados majoritários estão sem prestígio nos seus colégios. Uma regra básica da política é que quem foi mais votado em um município, indica os cargos.

 

No comando da falada articulação política está Paulo Sidney. Amigo pessoal de Marcelo, os insatisfeitos afirmam ter partindo dele uma nova regra para o jogo: ouvir prefeitos e lideranças sobre as indicações, ouvir os deputados depois e dar a palavra final aos secretários. Um caminho que já tem rendido confusão, por que pode terminar em super-secretários de um lado e deputados enfraquecidos de outro, argumentam.

 

Ouvido pelo Portal em matéria sobre o assunto, Paulo Sidney disse estar no governo para ajudar, e com uma cot de sacrifício pessoal grande. "Estamos tentando definir critérios que atendam todos os que apoiaram o governador e a senadora nos municípios. Não é fácil, não existe perfeição. Estamos tentando ser justos com todos", afirmou.

 

A oposição quieta demais

 

Enquanto o governo vai tentando arrumar a casa e se entender com quem o ajudou a chegar lá, a oposição vai trabalhando quieta. Um silêncio ensurdecedor.

 

Os governistas correm soltos atrás de votos divididos para Paulo Mourão (que tem 3 votos do PT), Nilton Franco (que tem 3 do PMDB), Toinho Andrade (que pode ter os 2 do PSD) e José Bonifácio (que não se sabe quantos tem).

 

Na oposição Damaso se movimenta, mas pode estar no jogo para juntar o grupo, que no final indique outro nome, apostando na divisão dos governistas.

 

Independente de governo ou oposição, os deputados parecem estar atrás de um presidente cujo partido seja a Assembléia: parlamentarista, coorporativo, que não exponha a Casa à opinião pública na hora da garantia de benefícios e que tenha bom trânsito com o governo.

 

É aí que a porca torce o rabo.

 

Ouvi hoje de um deles: “o governo tem a caneta, tem os cargos. Os deputados só têm o orçamento da Casa e seus votos”.

 

O duro é que tão cedo a situação já esteja assim. Um começo ruim, com certeza!

 

 

 

 

 

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