Sincericídio de Iderval e Vilmar muda o jogo: deputado no TO precisa do governo"

Deputados usam a palavra em reunião da Nacional e argumentam que deputado no Tocantins não sobrevive sem governo. Fala confirma acusações dos autênticos, que ganham numa comissão, meia vitória...

Iderval e Vilmar: sinceridade demais atrapalhou
Descrição: Iderval e Vilmar: sinceridade demais atrapalhou Crédito: Clayton Cristus

 

O PMDB Nacional, nas figuras de Valdir Raupp e Michel Temer, decidiu à sua maneira, interferir no processo eleitoral do partido no Tocantins.

 

Nem os autênticos contavam sair com uma meia vitória depois que Júnior Coimbra havia proposto um consenso à sua maneira: com um deputado do seu grupo para presidir o partido.

 

Pois bem. A reunião desta terça-feira em Brasília teria terminado em outro completo impasse, não fossem duas atitudes, relatadas por informantes do T1 Notícias que acompanharam o desenrolar dos fatos nesta extensa tarde.

 

O primeiro foi que na reunião com a Executiva Nacional, dois deputados estaduais do PMDB foram extremamente sinceros em suas palavras, revelando o pragmatismo que tomou conta do partido no Estado. Iderval Silva e Vilmar do Detran explicaram à Nacional que “deputado no Tocantins precisa do governo”.

 

O que dizer diante disto, se o partido historicamente é de oposição? Nada. A fala dos dois corroborou o que os autênticos têm dito todo o tempo. Sem mais.

 

Segundo ato. O próprio Coimbra, que tem recebido o apoio do líder da bancada do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, e do presidente da Casa, Henrique Alves cometeu outro sincericídio. Num arroubo, disse a Valdir Raupp que desde o início o “senador presidente” está contra ele na disputa interna do PMDB.

 

“Foi de uma extrema deselegância. Até por que o presidente Raupp é um gentleman. Sempre nos tratou a todos com equilíbrio, sem pender para nenhuma das partes”, me confirmou Osvaldo Reis em matéria que vai nas páginas deste portal.

 

O constrangimento foi instalado. Raupp foi a Temer, e a parte da cúpula que evita decisões drásticas nomeou a comissão que vai acompanhar o processo eleitoral no Tocantins.

 

Segundo Reis, ou há consenso, ou não haverá eleição no dia 11. A alternativa seria a criação de uma comissão, para em 90 dias chamar novas eleições. O que significaria jogar o processo para janeiro. Com tudo que pode acontecer aí no meio.

 

Com todo cansaço do processo exaustivo de discussões, os autênticos voltaram para casa com uma meia vitória e uma certeza: o peixe morre é pela boca.

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