Sinpol defende em nota direção da CPP por impedir entrada de defensores e advogados e afirmou que decisão foi "prudente"

Em nota o Sinpol defendeu o impedimento da entrada de defensores públicos e advogados na CPP de Palmas durante a rebelião. A presidente do Sinpol, Nadir Nunes afirmou que, ""foi muito prudente o diretor daquele estabelecimento não ter permi...

O Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins - Sinpol encaminhou nota nesta segunda-feira, 11,  na qual classifica como "prudente" ao fato de durante a rebelião na Casa de Prisão Provisória - CPP advogados e um defensor público terem tido sua entrada barrada aos pavilhões.

A presidente do Sinpol, Nadir Nunes afirma que, "foi muito prudente o diretor daquele estabelecimento não ter permitido a entrada do defensor público e de advogados antes da situação ser controlada pelos policiais. Um cuidado à segurança daquele profissional que naquela situação não poderia colaborar, por mais que quisesse”.

Ainda em nota o Sinpol rebateu alegações de que houve abuso de poder e afirmou que recebeu com estranheza a nota de desagravo encaminhada pela Seccional do Tocantins da Ordem dos Advogados do Brasil. " O Sinpol reitera ainda que tem a OAB como instituição séria e responsável e que lhe causa estranheza essa manifestação de repúdio, quando se usa um episódio que merecia manifestação, mas para reiterar as condições precárias do sistema Penitenciário do Estado". 

Confira a nota na integra

A Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPP) foi palco de nova rebelião na última sexta-feira, 08. Agentes penitenciários, numa pronta reação, controlaram e evitaram uma fuga em massa e, com a chegada do GOTE, não permitiram a depredação total da CPP. A intervenção dos Bombeiros e participação da Polícia Militar e Exército, na segurança externa, culminaram com o êxito da operação. Felizmente, a rebelião terminou sem nenhum ferido grave, apesar dos prejuízos materiais, devido às várias celas destruídas, criando mais um problema de acomodação da população carcerária, que já era difícil.

No entanto, passado o episódio, a Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Tocantins – expediu nota de repúdio questionando a decisão da direção do presídio em não permitir a entrada de advogados e de um defensor público aos pavilhões, onde acontecia a rebelião.

O Sinpol entende que diante da situação de estresse criada pela rebelião é compreensível, ou pelo menos esperamos, a preocupação dos dirigentes daquela unidade prisional, com a segurança de todos os envolvidos no processo.

“É notório que no auge daquela situação, onde o uso da força é essencial para a contenção, e sabedores que somos das consequências, quando atitudes erradas são tomadas, foi muito prudente o diretor daquele estabelecimento não ter permitido a entrada do defensor público e de advogados antes da situação ser controlada pelos policiais. Um cuidado à segurança daquele profissional que naquela situação não poderia colaborar, por mais que quisesse”, fala a presidente do Sinpol, Nadir Nunes Dias.

O Sindicato, que estivera presente na CPP, rebate ainda a informação de que houve prática de abuso de autoridade, porque o momento não permitia. “Havia uma rebelião em andamento, não havia negociação, porque não havia refém e nenhuma reivindicação por parte do rebelados. A preocupação e responsabilidade do gestor nessas situações é muito grande, porque se está lidando com vidas, e quem faz parte de uma rebelião, não está preocupado com as consequências, muito menos em respeitar nosso bem maior: a vida. O que não ocorre com os policiais, que tem a obrigação de preservá-la, sendo essa a atitude de não permitir a entrada do advogado, preservando-o”, completa.

O Sinpol reitera ainda que tem a OAB como instituição séria e responsável e que lhe causa estranheza essa manifestação de repúdio, quando se usa um episódio que merecia manifestação, mas para reiterar as condições precárias do sistema Penitenciário do Estado, as péssimas condições de trabalho dos policiais que ali colocam em risco suas vidas constantemente, bem como a falta de planejamento e as interferências políticas que tanto prejudicam a administração da segurança pública.

Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins - Sinpol

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