A mais recente informação de bastidores é de que o ex-governador Siqueira Campos não está pessoalmente motivado para disputar o Senado.
A pessoas próximas, depois de receber a carta dos prefeitos do Bico - assinada por 25 e entregue por apenas nove prefeitos – Siqueira teria dito que acha que já deu sua contribuição e que as limitações da idade o impedem de ter o desempenho que o Estado precisa no Senado.
O recuo de Siqueira, para quem analisa de fora, pode ser uma estratégia para deixar a chapa bem leve. E fora dos desgastes que o governo carrega.
Sandoval irreversível
Ouvindo gente da base governista nos últimos dias, ouvi que a candidatura de Sandoval Cardoso ao governo é irreversível. Foi abraçada pelos deputados e caminha muito bem entre os prefeitos. “Ele é atencioso, trabalha muito, chama a solução dos problemas para ele”, disse um dos aliados ao T1 Notícias.
A hipótese de uma articulação de última hora para que Sandoval cedesse espaço a Eduardo Siqueira, é considerada absurda por nove entre cada 10 governistas.
Hallum não se sustenta
Com o recuo de Siqueira, há ainda uma vertente de novos aliados que defende o nome de César Hallum publicamente para a vaga de Senado. Com o argumento de que Araguaína precisa de um substituto para o saudoso senador João Ribeiro.
Ocorre que pesquisas internas desaconselham a indicação. E a política interna não permite por exemplo, que Hallum passe à frente do deputado federal Eduardo Gomes. Este por sinal, já se colocou: não abre mão de disputar a indicação caso Siqueira não seja o candidato.
No grupo mais próximo a Sandoval pode haver resistências a Gomes, e parte de gente que defende uma chapa 100% nova.
Ironicamente, outra fonte me confidenciou no off: “se for 100% nova, a oposição ganha a eleição de prévia”.
Gomes pode ser a bola da vez
Antigo nas hostes siqueiristas, o deputado Eduardo Gomes enfrenta uma investigação nacional em torno de suas ligações com o doleiro Fayed. Este, envolvido até o talo no escândalo do Igeprev. Mesmo assim Gomes pode ser alçado à chapa.
“Ele sempre abriu mão, todas as vezes que foi preciso. E se manteve com o governo nos bons e nos maus momentos. Não há objeção grande ao nome do Eduardo na chapa”, ouvi mais cedo na Assembléia.
Sobre o Igeprev, os governistas defendem que o déficit vem de longe e que o rombo recente ainda precisa ser completamente apurado. Na prática, acreditam que com obras e benefícios pontuais a categorias e sindicatos, o caso cairá no esquecimento.
Na Assembléia, o deputado Osires Damaso indicou hoje os nomes que faltavam para compor a CPI do Igeprev, mas o governo dominará a cena. Apenas o deputado Sargento Aragão, da oposição, compõe a comissão.
Sendo assim, pelo menos esta semana, o nome de Gomes é o cogitado para dobrar com Sandoval.
Se nenhuma surpresinha brotar das intensas articulações nos próximos dias. Afinal, para a convenção, ainda restam longos 27 dias.
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