Siqueira, Gomes, Vicentinho e Hallum: 4 para 2 vagas na chapa de Ronaldo, o fenomeno

Entrada do prefeito de Araguaína na disputa ao governo ano que vem com lançamento da sua pré-candidatura mexe no jogo. Segundo Ronaldo, são 4 bons nomes ao Senado para duas vagas na sua chapa...

O prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas tem nome de jogador de futebol. Aliás, de dois bons jogadores que fizera história no futebol brasileiro: Ronaldo, o fenômeno e Ronaldinho, gaúcho.

 

Nesta quinta-feira, 7 em Palmas, hospedado no Girassol Plaza, onde atendia imprensa e políticos, o prefeito, pré-candidato a governador pelo PR estava completamente à vontade na tarefa de construir uma candidatura que tem até março, logo após o carnaval, para se solidificar.

 

Sem fazer segredo de estratégia, Dimas, não vê o momento como propício para sair promovendo reuniões. Diferente por exemplo de Carlos Amastha(PSB) -  que foi o maior alvo de ataques durante a oficialização de seu nome em Araguaína na segunda-feira - o prefeito que falar agora é com os políticos. Entende que é preciso fazer primeiro uma base partidária forte que consolide seu nome para a disputa de 2018.

 

Na última semana, o que se ouvia falar nas rodadas de conversas envolvendo a sucessão ano que vem, é que Ronaldo Dimas é a mais moderna face da “velha” política de que fala Amastha. Ou seja: é um gestor tarimbado que não nega que é político, não rejeita alianças. Não enfrenta problemas na justiça, está elegível e com bons números para mostrar da realidade que faz transformar em Araguaína, capital econômica do Estado. Não é pouca coisa.

 

Por outro lado, tem baixa rejeição, o que lhe confere um teto mais alto, que na estratégia de marketing quer dizer que tem muitos degraus ainda a galgar.

 

Assediado por muitos, que segundo ele “estavam órfãos”  de alguém que os representasse, o prefeito e pré-candidato a governo, tem conversado com muita gente nestes dias. Um exemplo é o ex-presidente da Assembléia, Osires Damaso, com líderes ligados ao ex-prefeito Raul Filho, entre outros que o procuraram nos últimos dias.

 

Numa rápida conversa com ele nesta manhã, questionei o fato de que Araguaína não deve marchar unida em torno dele, considerando a aliança PP/PRB, que deseja ter César Hallum como senador. Uma jogada aliás que resgata o nome de Hallum num momento tenso.

 

Ele me respondeu que não é qualquer candidato que tem “o problema” atualmente de dispor de quatro bons nomes para apenas duas vagas. Seriam eles: Vicentinho, que preside seu partido, o PR, e que o lançou, o ex-governador Siqueira Campos, do Democratas, o ex-deputado federal que fez uma campanha forte ao senado nas últimas eleições, Eduardo Gomes,  e… César Hallum.

 

Dimas já foi vice de Siqueira. Sua ligação com Eduardo Gomes é antiga e muito forte.

 

Quanto a Hallum, é praticamente impossível a manutenção na chapa de dois araguainenses. Há o Estado todo a acomodar.

 

Na estratégia para definir a chapa Dimas usará pesquisas. Quantitativas e qualitativas. 

 

Mais tarde me deparando com militantes da política tocantinense e palmense numa padaria da cidade, a conversa animada era justamente esta: como ficará a sucessão de Marcelo Miranda, com o novo elemento na disputa.

 

A maioria aposta que o cenário dependerá e muito de um fator: se Marcelo Miranda será ou não candidato à sua própria reeleição. Se for, invariavelmente manterá muitos em volta de si, seja pelo perfil ou pelo fato de deter o comando da máquina.

 

Mas até lá, fica no ar a pergunta: será mesmo Ronaldo, neste momento da política tocantinense o fenômeno que corresponderá a seu xará foi no futebol, para reunir rapidamente em torno de si tantos nomes e potenciais puxadores de voto? Ou teremos surpresas depois que janeiro chegar?

 

Num telefonema com o ex-deputado Eduardo Gomes, já nesta tarde, eu o consultava sobre essa equação de quatro para duas vagas e sobre ser ou não candidato ao senado na chapa com Dimas. 

 

Foram dez minutos de conversa para relembrar tudo o que os dois já passaram juntos, na vida e na política solidificando uma amizade e aliança que garantiu por exemplo, lá atrás, que Ronaldo Dimas não fosse rifado na disputa a prefeitura de Araguaína.  Memórias que só quem viveu, sabe.

 

“Ronaldo é meu amigo, mas posso ser senador em qualquer chapa. Não tenho problemas com Amastha e hoje não mais com a senadora Kátia Abreu. A princípio, posso estar em qualquer chapa”, raciocina Gomes.

 

Se os nomes já colocados vão todos vingar, não dá para arriscar a esta altura do jogo, mas o Tocantins caminha de fato para uma disputa interessante a governo. Além do governador que tem o direito, e por hora, as condições de disputar, vão se desenhando três candidaturas consideráveis. Ronaldo Dimas é o mais novo nome nesse jogo. E chegou com disposição pra ficar.

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