A deputada Solange Dualibe (PT) usou a tribuna da Assembléia nesta terça-feira, 30, para falar da reportagem veiculada pela Revista Veja a qual revela um encontro entre o secretário de Planejamento, Eduardo Siqueira Campos (PSDB), e o ex-ministro José Dirceu, para uma suposta conspiração contra a presidente Dilma Roussef.
De acordo com Solange, o encontro não é o mérito da questão, o que interessa é a justificativa dada pelo secretário. “Ele justificou que estava tratando de acordo que o governo fez com o PT do Estado. Eu perdi a presidência da Casa porque faltaram dois votos e agora eu entendo o porquê, era porque já havia um acordo com o governo. Eu estou indignada, decepcionada, com o PT. Eles fazem acordo com o governo e depois pedem a minha expulsão e do prefeito Raul Filho. Como isso é possível? ”, questionou a deputada.
Segundo Solange, que afirmou que repudia o acordo feito, o presidente regional do partido Donizeti Nogueira informou que que não houve acordo em relação às eleições da Assembléia. “Ele falou que não houve acordo então o que foi que foi feito. Ele disse que o acordo foi para que o governo chamasse os candidatos da saúde e da educação, mas ele nunca se mostrou preocupado com a situação”, disse a deputada.
“Eu estou envergonhada e decepcionada porque esse partido é grande e ético, mas no Tocantins envergonha a todos e eu quero saber qual foi o acordo que o partido fez com esse governo?”, disse Solange.
Em defesa
A deputada Amália Santana (PT) saiu em defesa do PT Estadual, disse que Solange está colecionando mágoas e convidou a deputada para participar das reuniões do partido. “Eu tenho tentado não entrar nessa polêmica, mas vejo que a senhora está colecionando mágoas. A senhora tem sido convidada para várias reuniões e não vai. O que houve está claro, nós não temos cargos, não temos secretarias e o cargo que temos aqui qualquer deputado tem”, disse Amália.
O deputado Zé Roberto (PT) também se manifestou a respeito e afirmou que o acordo do PT foi aprovado em reunião do diretório e da executiva. “ Se a senhora não sabe é porque não participa. O acordo era para que o governo chamasse os concursados da saúde e da educação, outra parte era para o governo fazer um acordo com o Incra para regularizar assentamentos. Vou trazer uma cópia e mostrar a senhora, mas para saber o que o PT decide é preciso ir nas instâncias”, disse o deputado.
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