Solicitando quebra de contrato, redução das mensalidades e mudança em horários, acadêmicos da Fiesc entram em greve

Acadêmicos de todos os cursos da Fiesc estão sem assistir aulas há uma semana. Segundo informou o presidente do Diretório Central dos Estudantes da Fiesc (DCE), Sydiney Alves de Sousa do Pam, os alunos da instituição irão continuar com a greve até qu...

O presidente do Diretório Central dos Estudantes da Fiesc (DCE), Sydiney Alves de Sousa do Pam, informou ao Site Roberta Tum que os alunos da instituição estão em greve. Segundo o presidente, acadêmicos de todos os cursos não estão assistindo as aulas e os protestos devem continuar até que os problemas envolvendo a faculdade sejam resolvidos. “Já protocolamos uma representação no Ministério Público Estadual (MPE) pendido providências em relação a Fiesc. Queremos a quebra do contrato de compra e venda da faculdade para a Uniesp, a redução das mensalidades e mudanças nos horários das aulas”, declarou.

O presidente ainda informou que além do aumento de mais de 100% das mensalidades, o boleto não está disponível para impressão e alunos de períodos diferentes estão fazendo disciplinas juntos. “ Temos alunos do 2º período eque stão cursando matéria com alunos de outros período como 5º e 6º  e isso tem prejudicado a classe acadêmica, pois o desempenho de alguém que está no segundo período não é a mesma coisa de quem está no 6º período”, ressaltou.

Ainda segundo Sydiney, uma assembléia geral foi realizada nesta segunda-feira, 12, e a maioria dos acadêmicos resolveram manter a greve. “ Acatamos a opinião da maioria dos acadêmicos que foi de manter a paralisação. Nossa meta é voltar somente quando tudo estiver resolvido”, finalizou.

Entenda o caso

Alunos da Faculdade Municipal de Colinas - Fiesc vem realizando, hácerca de um mês, vários protestos contra às supostas irregularidades no contrato de compra e venda da instituição e o aumento de mais de 100% das mensalidades. A classe acadêmica reivindica também mudanças nos horários das aulas. Antes do iníio dos protestos, um ofício foi encaminhado pelo DCE a Faculdade solicitando a suspensão do contrato de venda da instituição para a Uniesp.

O processo de licitação da Fiesc, realizado em novembro do ano passado que resultou na venda da instituição em dezembro para o grupo Uniesp já está sendo questionado na Justiça pelo advogado Helder Barbosa. O advogado pediu ao MPE, por meio de representação, que investigue supostas fraudes no processo licitatório e irregularidades no contrato de compra e venda. Segundo as informações, o grupo Uniesp não poderia ter participado da licitação por está irregular já que o nome da mesma encontra-se inserido na dívida ativa trabalhista e com duas punições do MEC por obter notas abaixo da média do Enade.

Aumento das mensalidades

Sobre o aumento das mensalidades, o presidente do DCE informou, na semana passada, que todos os cursos tiveram reajuste. “Nossa realidade é diferente de São Paulo, nós não temos como arcar com esse aumento de mais de 100 % nas mensalidades”. O curso de Direito, por exemplo, a mensalidade era de R$ 523,00 e agora subiu para R$ 1156,00, é um valor que não se adéqua a nossa realidade. Se não reduzir, vamos parar de pagar no próximo mês”, ressaltou na ocasião.


Processo licitatório

Em nota de esclarecimento, encaminhada ao Site Roberta Tum no último dia 6, a Prefeitura de Colinas informou que o processo licitatório da venda da Faculdade transcorreu com transparência, publicidade e acompanhamento do Ministério Público Estadual e da Câmara Municipal. Ainda em nota, a prefeitura informou que houve uma informação de que a Fiesc iria dobrar o valor da mensalidade, mas a notícia foi descartada durante reunião entre o diretor da instituição paulista e a Fecolinas.

Nesta terça, 13, o Site RT solicitou que a prefeitura se manifestasse sobre a greve dos alunos e permanece aguardando retorno.

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