“Nós precisamos ter coragem para denunciar esta máfia do combustível em Palmas”. Com estas palavras o vereador Bismarque do Movimento(PT) provocou uma discussão na Câmara Municipal na manhã desta terça-feira, 9, dividindo as posições dentro da sua própria bancada. Bismarque afirmou que o alinhamento do preço dos combustíveis nos psotos de Palmas são um indicativo de cartel que tem sido “ignorado por instituições como o Procon e o Ministério Público”.
As afirmações, somadas à críticas a políticos que supostamente estariam por trás de um acordo de preços, provocaram a reação do vereador Milton Néris(PT). “Vereador o senhor não pode generalizar desta forma, e atacar a classe política”, disse Néris. O vereador defendeu o empresariado que segundo ele “compra uma área, monta um posto de combustíveis e tem a prerrogativa de definir seus preços”. Néris foi apoiado em sua posição pelo vereador José Hermes Damaso.
Contra
O vereador Valdemar Jr. (DEM) usou a palavra em aparte para se posicionar contra o alinhamento de preços, e apoiar a fala de Bismarque. “Eu não consigo entender por que a gasolina em Porto Nacional é R$ 0,50 centavos mais barata que na Capital. Em Paraíso, é R$ 0,25 centavos mais barata, então não é a questão da distância, por que uma das coisas que encarece os combustíveis é a distância, é o preço do frete”, argumentou Valdemar Jr.
Outro parlamentar que se posicionou dizendo que desconfia da formação de cartel pelos postos de combustível foi o vereador José do Lago Folha Filho. “Eu tenho que concordar com o vereador Bismarque, por que está mais fácil sair daqui e abastecer em Porto Nacional”, defendeu.
Os vereadores Wanderlei Barbosa, e Ivory de Lira também emitiram suas opiniões. O líder do prefeito, por exemplo sugeriu que a Câmara convide o presidente do sindicato dos proprietários de postos de combustível, e um representante do Procon para debater o assunto. O vereador Bismarque informou que vai reunir elementos para propor a criação de uma CPI sobre o assunto.
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