Técnicos administrativos da UFT entram em greve a partir da próxima segunda

Os técnicos administrativos da UFT decidiram em Assembléia Geral da tarde desta quinta-feira, 2, paralisar os trabalhos a partir da próxima segunda-feira, 6. Segundo o coordenador do Sindicato dos Técnicos Administrativos da UFT, Miguel Lima, a decis...

Em Assembléia Geral na tarde de ontem, quinta-feira, 2, os técnicos administrativos da Universidade Federal do Tocantins (UFT) decidiram entrar em greve a partir da próxima segunda-feira, 6. A informação foi confirmada pelo coordenador do Sindicato dos Técnicos Administrativos da UFT (Sintad), Miguel Lima, e segundo ele os técnicos dos campi de Palmas e de Tocantinópolis já decidiram pela greve. Os servidores dos outros três campi da instituição devem definir se vão aderir ao movimento entre hoje e segunda-feira. No total a UFT tem mais de 600 servidores técnicos administrativos.

“Os técnicos daqui de Palmas e de Tocantinópolis já decidiram paralisar a partir de segunda. Em Miracema haverá uma assembléia hoje para definir e os campi de Araguaína e Gurupi devem decidir até a próxima segunda. A tendência é que todos os campi acabem aderindo gradativamente”, frisou Lima. Segundo o coordenador a decisão da categoria pela greve deve-se ao fato da atitude protelatória do Governo Federal em relação às reivindicações da classe.

“Tínhamos um calendário pré-estabelecido de negociações e nas últimas quatro reuniões nada foi definido, no sentido de atender a categoria. A Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras) decidiu em plenária pela paralisação em nível nacional e os servidores de cada universidade decidem em assembléia se vão ou não aderir. Em nossa assembléia realizada ontem a maioria decidiu pela paralisação”, explicou Lima, que acrescentou que a greve deve ser deflagrada também em diversas outras universidades do país.

Reivindicações

De acordo com o coordenador entre as principais reivindicações da categoria está a garantia de alocação de recursos no orçamento de 2012 do Governo Federal, para que haja o reajuste salarial. “Defendemos que o menor vencimento da categoria seja três salários mínimos, hoje o menor salário não chega a dois salários mínimos”, enfatizou Lima.

Além disso, a categoria também defende a racionalização de cargos, a modificação do anexo quatro do Plano de Carreira, para que o beneficio da progressão por qualificação seja estendido a todos da categoria, o reposicionamento dos servidores aposentados na tabela de vencimentos e a equiparação dos valores dos benefícios de auxilio alimentação e transporte com outros órgãos federais. “Hoje nós recebemos menos da metade que os servidores de outros órgãos recebem, estamos lutando para que seja o mesmo”, ressaltou o coordenador.

Paralisação no IFTO

Segundo Lima os técnicos administrativos do Instituto Federal do Tocantins (IFTO) também estudam a possibilidade de aderir à greve. A instituição teria hoje cerca de 400 servidores na categoria. O coordenador destacou ainda que na próxima segunda os técnicos da UFT realizam uma nova Assembléia Geral para deliberar sobre as reivindicações locais dos servidores.

Prejuízos para estudantes

O Site Roberta Tum entrou em contato com a Diretoria de Comunicação da UFT, para verificar se a paralisação dos técnicos irá afetar as aulas, contudo a Diretoria informou que a Reitoria da Universidade ainda não foi notificada da decisão dos técnicos administrativos e que apenas se pronunciará a respeito após o aviso formal da paralisação. (Atualizada às 10h)

Comentários (0)