Ao fim e ao cabo, como dizem os antigos, a terceira via vai nascendo de fato das mãos do deputado Marcelo Lélis, do PV e do senador Ataídes Oliveira, do Prós.
Os dois estiveram com Siqueira em 2010 e os dois romperam, insatisfeitos com o rumo das coisas.
A eles pode ou não se juntar Mário Lúcio Avelar. É o que vai na praça, com clareza.
A auto denominada terceira via, com PP, PT, PC do B e PSL caminha para esfacelar-se, juntando-se uns com o PMDB de Kátia Abreu e Marcelo Miranda, e os outros com o grupo governista. É fato.
Com o governo deve seguir a ala Amastha do PP, acompanhada dos dois partidos “departamento” da prefeitura de Palmas.
O PT, se prevalecerem José Santana, Paulo Mourão e outros, seguirá com o PMDB.
A prevalecer Donizeti e seu grupo, tanto pode seguir novamente com o Palácio, como pode compor com a terceira via de fato. É uma incógnita.
A dedução vem nítida das últimas movimentações.
O novo com segurança
Marcelo Lélis em seu evento de lançamento de pré-candidatura mostrou consistência ontem à noite. Um bom público e parceiros mais centro esquerda deram o tom do que o deputado está buscando: alternativa de mudança.
De verdade, Lélis vai tomando o perfil dos que querem mudança sem sobressaltos, mudança sem pulo no escuro. O que na qualitativa marqueteiros andam definindo como o novo com segurança.
Uma militância de juventude com qualidade e uma turma discreta, mas cheia de boa vontade composta por lideranças políticas do interior ajudam a engrossar o caldo.
Marcelo Lélis constrói a chance de se reconciliar definitivamente com a base que fez dele a Onda Verde de 2008.
Ataídes determinado
Já o senador Ataídes Oliveira, com a tranquilidade de ter assumido o mandato, colocou nesta quinta-feira, 20, em entrevista que seu nome deve ser referendado no Pros ao governo.
Reticente em falar neste momento em alianças, o senador aposta em viabilizar seu nome ao governo, baseado na experiência positiva que alcançou na vida empresarial.
Nos bastidores o que se sabe, é que a conversa anda bem adiantada entre Ataídes, Marcelo Lélis e Mário Lúcio Avelar. A intenção é que até o final de maio, consultando pesquisa, saia dos três nomes o que estará em melhores condições para disputar o governo.
Parênteses. Mário Lúcio precisa de legenda. O PSB Nacional já sinalizou a Laurez Moreira que quer o procurador na disputa pelo governo. Mas o risco é grande, acreditam os articuladores da candidatura de Mário Lúcio, caso ele próprio não presida a legenda.
É que Laurez já tem chapa proporcional pronta para buscar fazer bancada estadual e federal. Mas quer liberdade para fazer isto aliado ao Palácio Araguaia.
Equação difícil? Pois é.
Até aqui, Mário Lúcio é o que mais demora a colocar o pé na estrada. Mas tem tempo, afinal a regra para ele é outra: pode se filiar até a véspera da convenção.
De todo jeito senhores, a terceira via, de fato, está aí. Esta, ao que parece, não negociará o sonho de propor uma alternativa de voto em outubro. É esperar para ver.
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