Silvio Cunha explicou que foram feitas várias analises da planilha de custo e em março foi apresentada uma analise preliminar. Silvio explicou que a situação dos veículos, os quilômetros rodados e o custo de manutenção foram levantados. O custo operacional de Palmas também foi levantado e confrontado com as tarifas de várias cidades do Brasil.
“O valor de R$ 2,20 é a tarifa determinada pelo prefeito Raul Filho, que entrará em vigor a partir do dia 21 de junho. O prefeito assina o decreto hoje a tarde e amanhã será publicado”, disse Silvio Cunha. Ele ainda defendeu que a frota nova a disposição da população também foi levada em conta, segundo ele, foram adquiridos veículos novos e 50 deles com acessibilidade (adaptados para deficientes físicos, que estão atendendo em todas as linhas e aumentou-se a rota em 35 mil quilômetros.
Aumento podia ser maior
Cunha explicou que em novembro a Seturb entrou com um pedido de reajuste, elevando esse valor para R$ 2,30. Segundo ele foi pedido um prazo e no início do ano foi crido o Conselho Municipal de Trânsito, com representantes de várias classes para ser um órgão consultivo sobre os assuntos de trânsito da Capital. O conselho de trânsito analisou a proposta e enxugou a planilha e apresentou um novo valor R$ 2,25, que aprovado com 13 votos a favor, um contra e uma abstenção.
Ao ser encaminhado ao prefeito Raul Filho (PT) uma nova readequação foi feita e sancionado o valor do reajuste em R$ 2,20.
Representante dos estudantes é contra aumento
Nataly Dias, presidente do Diretório Central dos Estudantes – DCE da UFT , representante da classe estudantil no conselho de trânsito foi a única que votou contra o reajuste. “A forma do conselho e governamental, são apenas quatro membros representando a sociedade civil. Sou contraria porque não houve prazo cabível e nós não tivemos conhecimento técnico das planilhas. A realidade socioeconômica da nossa cidade com esse aumento”, disse ela.
A representante dos estudantes disse que foi apresentada ao município de proposta de redução do ISSQN das empresas que reduziria o custo da tarifa em cerca de R$ 0,10 deixando o reajuste em torno R$ 2,10. “Toda população arca com os malefícios, os benefícios apresentados são poucos e irrisórios em relação ao malefício desse reajuste”, pontuou.
Nataly ainda disse que a prefeitura está descumprindo o TAC – Termo de Ajuste de Conduta feito no ano passado, em que a prefeitura seria obrigada a anunciar o reajuste da tarifa, para mais ou para menos, todo dia 1° de março de cada ano e colocá-lo em vigor no dia 1° de junho, com pena de uma divida de R$ 5 mil por dia. Segundo ela, são quase R$ 400 mil que a prefeitura deviria em multa, que os representantes da classe estudantil irão acionar uma ação pública no Ministério Público Estadual cobrando essa multa do prefeito Raul Filho. Ela também adiantou que também serão feitas manifestações e mobilizações contra esse reajuste.
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