Os resultados que levaram a inelegibilidade dos dois ex-governadores, Carlos Gaguim e Marcelo Miranda eram mais do que esperados. Palito não.
A própria movimentação do processo levava a crer que o deputado não seria sacrificado. Mais que isso, esta era a sinalização dos bastidores. Depois do resultado, ouvi ontem à noite de um governista: “às vezes as pessoas vendem mais do que podem entregar”.
Pano rápido.
O golpe foi sentido. Na berlinda restam duas deputadas: Solange Duailibe e Amália Santana. Seus processos e sua agonia foram mais uma vez adiadas. E diante do resultado de ontem, acentuada.
O TRE na verdade usou a mesma medida para dar de Chico a Francisco. Como poderia pelo mesmo motivo, punir Marcelo e Gaguim, retirando-os na prática de disputas futuras pelos próximos oito anos e ao mesmo tempo preservar Palito? Impossível não é?
Pois é. Mas nem todos entenderam assim.
A permanecer a dura interpretação da lei à luz dos processos, as duas deputadas podem ter o mesmo destino que Palito. O que, em tese, provocaria a ascensão de forma definitiva de três suplentes, numa renovação significativa de parte da Assembléia.
A questão é que as coisas na justiça eleitoral têm rito próprio. Depois da sentença, o recurso. E este, pode se arrastar. Se por um lado o cassado sangra na praça, por outro continua investido no mandato, com tudo que ele representa.
A pergunta que fica é: o TRE mudou? Seu entendimento enquanto Corte endureceu, seguindo a práxis dos grandes tribunais pelo País a fora?
Enquanto amigos e correligionários lamentam por Palito; e enquanto Solange e Amália vivem dias de dura expectativa, o que fica é uma sensação de que pode ser que a mesma medida seja usada de agora em diante para adversários e correligionários do poder.
Sem torcida contra, nem a favor, há que se admitir: já é um avanço!
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